Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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As reações escuras<br />
fotorrespiratório <strong>na</strong>s plantas C 4 é <strong>de</strong>vido à baixa condutivida<strong>de</strong> para o CO 2 ,<br />
<strong>na</strong>s células da bainha perivascular. Por estes motivos, o ponto <strong>de</strong> compensação<br />
em CO 2 <strong>de</strong> plantas em C 4 se aproxima <strong>de</strong> zero, pois não há liberação <strong>de</strong> CO 2<br />
para a atmosfera.<br />
b) a<strong>na</strong>tomia “Kranz”: essa característica é essencial para as plantas C 4 , pois<br />
ela é imprescindível para a separação espacial dos eventos C 4 e C 3 . Algumas<br />
plantas, classificadas como intermediárias C 3 -C 4 , possuem as enzimas da via<br />
C 4 sem apresentarem a a<strong>na</strong>tomia “Kranz”. Existem também plantas C 3 que<br />
apresentam essa a<strong>na</strong>tomia “Kranz” (BJÖRKMAN et al., 1971) e por isso, este<br />
tipo <strong>de</strong> a<strong>na</strong>tomia por si só não po<strong>de</strong> ser usado para classificar uma planta como<br />
sendo C 4 . Essa característica foi consi<strong>de</strong>rada por muito tempo como essencial<br />
para o funcio<strong>na</strong>mento da via C 4 , porém existem espécies, como Suaeda<br />
monoica, que funcio<strong>na</strong>m com a via C 4 sem possuirem a a<strong>na</strong>tomia “Kranz”<br />
(CHAMPIGNY & MOYSE, 1983).<br />
Portanto, as plantas C 4 possuem dois tipos distintos <strong>de</strong> células e no caso<br />
do tipo NADP-ME, dois tipos <strong>de</strong> cloroplastos (gra<strong>na</strong>r e agra<strong>na</strong>r),<br />
diferenciando-as das plantas C 3 com sua a<strong>na</strong>tomia dorsi-ventral e um único<br />
tipo <strong>de</strong> cloroplasto. As plantas C 4 possuem também um conjunto adicio<strong>na</strong>l <strong>de</strong><br />
genes e um mecanismo regulador da expressão específica para cada tipo <strong>de</strong><br />
célula, nestes genes (FURBANK & TAYLOR, 1995) . Essas células são as do<br />
mesófilo com maiores espaços livres entre elas, on<strong>de</strong> ocorrem os eventos C 4 , e<br />
as células da bainha perivascular, envolvendo os vasos condutores, com<br />
abundância <strong>de</strong> mitocôndrias e peroxissomas e com pouco ou nenhum espaço<br />
intercelular (Foto 2). Nessas células da bainha perivascular ocorrem os eventos<br />
C 3 e a síntese <strong>de</strong> carboidratos (FURBANK & TAYLOR, 1995) (Fig. 4). Tal<br />
disposição mesófilo, bainha e vasos conseqüentemente é bastante favorável às<br />
trocas e migrações <strong>de</strong> metabólitos entre estes tecidos (EDWARDS &<br />
WALKER, 1983; LEEGOOD, 1996).<br />
c) discrimi<strong>na</strong>ção isotópica do 13 C: o fracio<strong>na</strong>mento isotópico 13 C/ 12 C<br />
(dois isótopos existentes no ar), indica uma relação entre a assimilação do 13 C<br />
e do 12 C. A fixação primária do CO 2 pela PEP-case <strong>na</strong>s plantas C 4 , está<br />
associada a uma baixa discrimi<strong>na</strong>ção isotópica do 13 C sobre o 12 C, variando<br />
entre -5,7 e -15%. Enquanto a fixação do CO 2 pela rubisco está associada a<br />
maior discrimi<strong>na</strong>ção, variando <strong>de</strong> -20 a -35% (PEISKER & HENDERSON,<br />
1992). A discrimi<strong>na</strong>ção isotópica também po<strong>de</strong> ser usada para a<strong>na</strong>lisar-se os<br />
efeitos <strong>de</strong> um estresse ambiental, que afete a disponibilida<strong>de</strong> do CO 2 , como a<br />
falta <strong>de</strong> água por exemplo (FARQUHAR et al, 1989). A menor discrimi<strong>na</strong>ção<br />
isotópica está associada à manutenção <strong>de</strong> um status hídrico elevado, <strong>de</strong>vido ao<br />
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