Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Relação fonte/dreno<br />
A sacarose no dreno é metabolizada pela ação das invertases ou da<br />
sacarose sintase, sendo formada a partir <strong>de</strong>ssas reações, a glicose-1-fostato.<br />
Essa po<strong>de</strong>, sob a ação da UDP-G pirofosforilase, transformar-se em UDPglicose,<br />
usada <strong>na</strong> síntese <strong>de</strong> calose, celulose ou frutanos. Outro produto<br />
<strong>de</strong>ssas reações en<strong>de</strong>rgônicas é a frutose-1,6-bifosfato. Essa po<strong>de</strong> ser<br />
convertida a frutose-6-fosfato e vice-versa, sob a ação <strong>de</strong> pirofosfatases,<br />
como <strong>na</strong> folha, controladas pelos níveis <strong>de</strong> frutose-2,6-bifosfato. A partir da<br />
frutose-1,6-bifosfato começam as reações da glicólise para a respiração, e a<br />
partir da frutose-6-fosfato, as reações da glicogênese, nos amiloplastos (Fig.<br />
12) (HAWKER et al., 1991).<br />
Para a glicogênese, a frutose-6-fosfato é transformada em glicose-1fosfato,<br />
o outro produto da ação das invertases. A glicose-1-fosfato é<br />
transportada para o amiloplasto e convertida em ADP-glicose pela ADPglicose<br />
sintetase, para ser então usada <strong>na</strong> formação dos diferentes tipos <strong>de</strong><br />
amido (a amilase, com ligações alfa-1,4 somente e a amilopecti<strong>na</strong>, com<br />
essas ligações, assim como ligações alfa-1,6, que fazem as ramificações), por<br />
ação das amido sintases. A posterior <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong>ste amido é feita por<br />
hidrolases, <strong>de</strong>ntre elas as alfa e beta amilases, e fosforilases. Essas últimas<br />
mediam tanto a síntese como a <strong>de</strong>gradação do amido. Em tubérculos <strong>de</strong><br />
batata, inhame e batata doce, assim como em raízes tuberosas <strong>de</strong> mandioca,<br />
o conteúdo <strong>de</strong> amido varia <strong>de</strong> 65% a 90% do peso seco, com 70% <strong>de</strong><br />
amilopecti<strong>na</strong>, e 30% <strong>de</strong> amilose (BECK & ZIEGLER, 1989).<br />
Segundo SIVAK et al. (1989), a acumulação <strong>de</strong> carbono (<strong>na</strong> fonte e no<br />
dreno) po<strong>de</strong> ser feita também em frutanos, principalmente em gramíneas<br />
em clima temperado, e a sua síntese é mediada por duas enzimas. A<br />
primeira, sacarose-sacarosilfrutose transferase (SST), a partir <strong>de</strong> duas<br />
moléculas <strong>de</strong> sacarose, formando uma isoquestose (um trissacarí<strong>de</strong>o,<br />
sucrosil-frutose), a partir da qual o polímero <strong>de</strong> frutanos é sintetizado pela<br />
ação da beta-(1,2) ou beta- (2,6) -frutano 1-frutosil transferase (FFT), com<br />
até 35 resíduos <strong>de</strong> frutose. Provavelmente, gran<strong>de</strong> parte do metabolismo <strong>de</strong><br />
frutanos ocorre no vacúolo, on<strong>de</strong> estes são acumulados. A sua <strong>de</strong>gradação<br />
se dá pela ação <strong>de</strong> frutano hidrolases.<br />
A acumulação <strong>de</strong> carbono em alguns vegetais, como maçã, pêssego e<br />
abricó, po<strong>de</strong> também se dar em polihidroxialcools ou polióis, como o<br />
manitol, sorbitol e dulcitol, formados a partir <strong>de</strong> glicose, frutose e galactose<br />
respectivamente, tanto <strong>na</strong> folha como no dreno. Oligossacarí<strong>de</strong>os da<br />
família da rafinose também po<strong>de</strong>m ser acumulados ou po<strong>de</strong>m servir <strong>de</strong><br />
carboidrato <strong>de</strong> transporte. Estes polióis e oligossacarí<strong>de</strong>os estão<br />
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