Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Assimilação <strong>de</strong> carbono<br />
As trioses-P formadas, que são consi<strong>de</strong>radas o primeiro produto do<br />
ciclo <strong>de</strong> Benson-Calvin (LEEGOOD, 1996), po<strong>de</strong>rão ser utilizadas para a<br />
respiração celular, para a síntese <strong>de</strong> sacarose e transporte para outras<br />
células, ou para a síntese <strong>de</strong> amido no próprio cloroplasto, como reserva<br />
da célula fotossintetizante. Essas trioses-P são importantes também, pois a<br />
interconversão entre elas produz NADPH e ATP, servindo para<br />
transportá-los. Por exemplo, a reação do G-3P a 1,3- DPGA e <strong>de</strong>ste a<br />
PGA, produz NADPH e <strong>de</strong>pois ATP, assim como a reação <strong>de</strong> dihidroxiaceto<strong>na</strong>-fosfato<br />
(DHAP) a G-3P produz também NADPH e ATP (Fig. 1).<br />
A interconversão <strong>de</strong> ácidos orgânicos também po<strong>de</strong> ter a mesma<br />
fi<strong>na</strong>lida<strong>de</strong>, como a reação do ácido málico a ácido oxaloacético,<br />
produzindo NADPH. Esses produtos da fotossíntese, passando do<br />
cloroplasto para o citoplasma e vice-versa, servirão para o transporte <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>r redutor (NADPH) e energia (ATP) produzidos nos fotossistemas<br />
para o citoplasma e, posteriormente, para outras células (LÜTTGE et al,<br />
1996).<br />
1.B.2. <strong>Metabolismo</strong> C 2 do glicolato-glicerato (fotorrespiração)<br />
O O 2 po<strong>de</strong> causar três tipos <strong>de</strong> inibição fotossintética: a primeira, através<br />
da inibição direta da ativida<strong>de</strong> da enzima rubisco, oxidando essa enzima e<br />
diminuindo a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fixação do CO 2 . A segunda, pela oxidação <strong>de</strong><br />
clorofilas, lipídios membra<strong>na</strong>res e compostos intermediários dos<br />
fotossistemas, <strong>na</strong> fotoinibição. A terceira inibição ocorre pela função oxige<strong>na</strong>se<br />
da enzima rubisco, on<strong>de</strong> o substrato RuBP reage com o O 2 ao invés <strong>de</strong> reagir<br />
com o CO 2 (HALL & RAO, 1994). Essa função oxige<strong>na</strong>se, como a<br />
carboxilação, só ocorre em presença da luz e tem, por isto, o nome <strong>de</strong><br />
fotorrespiração; possui, como primeiro produto, um composto com 3C, o<br />
ácido fosfoglicérico (PGA), que vai para o ciclo <strong>de</strong> Benson-Calvin, e um<br />
composto com 2C, o ácido fosfoglicólico (P-GLIC). A princípio, o ácido<br />
fosfoglicólico não tem função no metabolismo celular (Fig. 3). As duas<br />
funções da rubisco agem competitivamente, e a taxa fotorrespiratória varia <strong>de</strong><br />
15 a 45% da fotossíntese bruta (ZELITCH, 1971; LAWLOR, 1993). A taxa<br />
<strong>de</strong> liberação <strong>de</strong> CO 2 fotorrespiratório, que é <strong>de</strong> 3 a 8 vezes a taxa <strong>de</strong><br />
respiração, é aumentada pela luz, temperatura e teores <strong>de</strong> O 2 (RITCHER,<br />
1993). Portanto, em condições <strong>de</strong> alta luminosida<strong>de</strong> e altas temperaturas, a<br />
fotorrespiração <strong>de</strong> plantas C 3 é aumentada, e a taxa fotossintética e a produção<br />
<strong>de</strong> biomassa, diminuidas.(MARSCHNER, 1995).<br />
26