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Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

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Balanço <strong>de</strong> carbono e os fatores ambientais<br />

ambientes com temperaturas notur<strong>na</strong>s muito altas, on<strong>de</strong> a eficiência do<br />

processo é menor (NORMAN et al., 1995). O processo <strong>de</strong> oxidação <strong>de</strong> glicose<br />

produzindo energia estocada sob a forma <strong>de</strong> ATP, tem uma eficiência cerca <strong>de</strong><br />

42%. O restante da energia produzida nessa oxidação é perdida sob a forma<br />

<strong>de</strong> calor. Este rendimento po<strong>de</strong> ser menor sob altas temperaturas (LÜTTGE,<br />

1996). As baixas temperaturas parecem afetar o metabolismo das raízes e a<br />

produção <strong>de</strong> citocini<strong>na</strong>s, gibereli<strong>na</strong>s e ABA, que em milho tem suas<br />

exportações máximas a 28°C para os dois primeiros, e a 18°C para o terceiro.<br />

A redução da exportação <strong>de</strong>stes fitormônios vai diminuir o crescimento da<br />

parte aérea (POLJAKOFF-MAYBER & LERNER, 1994).<br />

Se a temperatura média do dia estiver <strong>na</strong> faixa ótima para a cultura, serão<br />

obtidas as maiores produtivida<strong>de</strong>s nessas condições <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong>. Por exemplo,<br />

para o milho as maiores produtivida<strong>de</strong>s são obtidas em altitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1500 a<br />

2000 m, com temperaturas diur<strong>na</strong>s <strong>de</strong> 30 a 33°C e com temperaturas<br />

notur<strong>na</strong>s abaixo <strong>de</strong> 25°C. Contudo, a taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer<br />

cultura ( a progressão ao longo do ciclo da planta) é positivamente relacio<strong>na</strong>da<br />

com a temperatura e o <strong>de</strong>senvolvimento é mais lento em altitu<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vido às<br />

temperaturas mais baixas. Com o ciclo estendido em altitu<strong>de</strong>, sob<br />

temperaturas médias a<strong>de</strong>quadas, obtém-se maiores rendimentos do que em<br />

baixas altitu<strong>de</strong>s, porém po<strong>de</strong>m ser feitos menos cultivos no ano agrícola. Em<br />

Java por exemplo, o arroz leva 90 a 100 dias do transplante a maturação e 3<br />

cultivos são possíveis por ano ao nível do mar, enquanto em altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

1600m, a mesma cultivar tem um ciclo <strong>de</strong> 220 dias e somente um cultivo por<br />

ano é possível (NORMAN et al., 1995). A temperatura do dossel e do solo<br />

afeta as relações fonte/dreno da planta, principalmente nos drenos<br />

reprodutivos. A matéria seca total da planta é pouco afetada, mas a sua<br />

distribuição nos diferentes drenos é modificada. Em algodão, o regime termal<br />

<strong>de</strong> 30/20°C permite uma acumulação <strong>de</strong> matéria seca no capulho pelo menos<br />

3 vezes maior do que nos regimes 25/15°C ou 35/25°C (MARSCHNER,<br />

1995).<br />

3.B.1. Efeitos <strong>de</strong> temperaturas altas no balanço <strong>de</strong> carbono<br />

O termo estresse por altas temperaturas nos leva a pensar em seres<br />

termofílicos que habitam certas fontes termais ou nos vegetais <strong>de</strong> <strong>de</strong>serto, que<br />

sobrevivem a temperaturas acima <strong>de</strong> 50°C. Porém, plantas em clima tropical<br />

são comumente submetidas a estresses térmicos por algum tempo, em geral,<br />

sob temperaturas acima <strong>de</strong> 40°C, tendo o seu crescimento reduzido. Isto<br />

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