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Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

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Relações fonte/dreno<br />

Os ca<strong>na</strong>is iônicos e o potencial eletroquímico transmembra<strong>na</strong>r - O<br />

estudo <strong>de</strong> ca<strong>na</strong>is iônicos foi revolucio<strong>na</strong>do pela técnica <strong>de</strong> grampeamento<br />

setorial (“patch-clamp”) <strong>na</strong> década <strong>de</strong> 70, a qual, trabalhando com uma célula<br />

inteira ou um pedaço da plasmalema, permite a medição da corrente elétrica<br />

gerada, enquanto uma voltagem conhecida é aplicada. Os estudos do controle<br />

<strong>de</strong> ca<strong>na</strong>is iônicos pelo potencial transmembra<strong>na</strong>r foi bem <strong>de</strong>senvolvido para a<br />

compreensão do estímulo nervoso em neurônios <strong>de</strong> animais (STRYER, 1995).<br />

Somente há pouco tempo estes estudos começaram a ser <strong>de</strong>senvolvidos em<br />

células vegetais e, portanto, o conhecimento <strong>de</strong>ste processo em plantas ainda<br />

está se iniciando. A diferença entre um ca<strong>na</strong>l iônico e uma bomba <strong>de</strong> íons é<br />

que, no ca<strong>na</strong>l existe sempre uma passagem entre o meio externo e interno, que<br />

po<strong>de</strong> estar fechada; e no caso das bombas, o transporte se dá por mudança<br />

conformacio<strong>na</strong>l do transportador transmembra<strong>na</strong>r, com gasto direto <strong>de</strong><br />

energia neste processo, sem que haja ligação direta entre o espaço externo e<br />

interno (STOECKEL & TAKEDA, 1990).<br />

O transporte <strong>de</strong> metabólitos po<strong>de</strong> ser energizado por um gradiente <strong>de</strong><br />

potencial eletroquímico entre os dois lados da membra<strong>na</strong>, promovido pela<br />

bomba <strong>de</strong> H + , ATP <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e facilitado por ca<strong>na</strong>is e bombas iônicas para<br />

o apoplasto e para o vacúolo. Os valores do potencial eletroquímico (E M ) são<br />

bastante variáveis, <strong>de</strong> -40mV a -220mV. Um aumento <strong>na</strong> diferença <strong>de</strong><br />

potencial eletroquímico, ou hiperpolarização, é sinônimo <strong>de</strong> uma diminuição<br />

<strong>de</strong> E M (para valores mais negativos), e uma diminuição da diferença <strong>de</strong><br />

potencial eletroquímico, ou <strong>de</strong>spolarização, é sinônimo <strong>de</strong> um aumento <strong>de</strong><br />

E M (JACOBY, 1994).<br />

Os ca<strong>na</strong>is iônicos <strong>na</strong>s membra<strong>na</strong>s celulares são sensíveis à voltagem e/ou<br />

são Ca 2+ -<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes. Existem ca<strong>na</strong>is catiônicos e aniônicos <strong>na</strong> plasmalema<br />

e no tonoplasto que regulam a concentração <strong>de</strong> íons no citoplasma. Estes<br />

ca<strong>na</strong>is po<strong>de</strong>m ser rápidos (R-tipo), promovendo o transporte em menos <strong>de</strong> 50<br />

milisegundos, ou lentos (S-tipo), promovendo o transporte em tempo mais<br />

longo (CERANA et al., 1995). A célula po<strong>de</strong> variar o seu potencial<br />

membra<strong>na</strong>r através dos ca<strong>na</strong>is e das bombas <strong>de</strong> extrusão <strong>de</strong> prótons,<br />

controlando assim os ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> Ca 2+ , K + e Cl - , que são os ca<strong>na</strong>is iônicos mais<br />

bem conhecidos em vegetais. Os níveis <strong>de</strong> Ca 2+ no citosol são mantidos<br />

também através do controle dos ca<strong>na</strong>is <strong>de</strong> Ca 2+ , <strong>de</strong> K + , <strong>de</strong> malato e <strong>de</strong> Cl - ,<br />

que por sua vez são controlados pela diferença <strong>de</strong> potencial elétrico<br />

transmembra<strong>na</strong>r, pelo potencial <strong>de</strong> Nernst para aquele íon, e pelas ATPases,<br />

Ca 2+ <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, movidas pela hidrólise do ATP (JAEGHER & BOYER,<br />

1990).<br />

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