Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Alocação <strong>de</strong> carbono <strong>na</strong> planta<br />
relacio<strong>na</strong>dos com a tolerância à seca e à salinida<strong>de</strong>, nestes vegetais<br />
(MADORE, 1994).<br />
A respiração da fonte e do dreno, que começa com a glicólise, é o<br />
consumo <strong>de</strong> carboidratos e outros compostos para produzir energia, po<strong>de</strong>r<br />
redutor e substratos <strong>de</strong> carbono para os processos <strong>de</strong> síntese celular (Fig. 6).<br />
Este processo consome O 2 , produzindo CO 2 e H 2 O. Amido e açúcares são<br />
<strong>de</strong>gradados a piruvato pela glicólise, gerando ATP e NADH. Associado à<br />
glicólise existe a via das pentoses, que é a oxidação <strong>de</strong> glicose 6-fosfato a<br />
ribose 5-fosfato, gerando também NADH para as reações <strong>de</strong> síntese <strong>de</strong><br />
macromoléculas. As pentoses formadas são precursoras <strong>de</strong> biomoléculas<br />
importantes como ATP, CoA, NAD + , RNA e DNA. Em geral, há uma<br />
maior <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> NADH do que <strong>de</strong> pentoses, e neste caso, a ribose 5fosfato<br />
po<strong>de</strong> ser transformada em gliceral<strong>de</strong>ído 3-fosfato por uma<br />
transcetolase, ou em frutose 6-fosfato por uma transaldolase, criando um<br />
retorno para a glicólise e produzindo NADH (STRYER, 1995). O<br />
piruvato, produto da glicólise, é convertido a acetil-CoA pela piruvato<br />
<strong>de</strong>sidroge<strong>na</strong>se, <strong>na</strong> mitocôndria. Nessa organela, o acetil-CoA entra no ciclo<br />
do ácido tricarboxílico (também chamado ciclo <strong>de</strong> Krebs ou ciclo do ácido<br />
cítrico), e é metabolizada em ácidos orgânicos, liberando CO 2 e formando<br />
NADH.<br />
O NADH e o FADH são oxidados pelo transporte <strong>de</strong> elétrons<br />
mitocondrial, tendo o O 2 como aceptor <strong>de</strong> elétrons, formando H 2 O. O<br />
transporte <strong>de</strong> elétrons é acoplado à fosforilação do ADP, produzindo ATP.<br />
O NADH produzido <strong>na</strong> respiração vai ser usado para as reações <strong>de</strong><br />
oxiredução que ocorrem <strong>na</strong> célula, e o ATP para as reações en<strong>de</strong>rgônicas,<br />
<strong>de</strong> transporte associado às ATPases e a outros processos, para a respiração<br />
<strong>de</strong> crescimento e <strong>de</strong> manutenção. Já os compostos intermediários da<br />
glicólise, <strong>de</strong>svio das pentoses e do ciclo <strong>de</strong> Krebs, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>sviados para<br />
a síntese dos outros principais componentes celulares (proteí<strong>na</strong>s,<br />
nucleotí<strong>de</strong>os e lipí<strong>de</strong>os), <strong>na</strong> respiração <strong>de</strong> crescimento. A <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong><br />
proteí<strong>na</strong>s e lipí<strong>de</strong>os também vai gerar os mesmos ácidos orgânicos, que<br />
po<strong>de</strong>m ser “respirados” então (LAWLOR, 1993).<br />
Em um dreno <strong>de</strong> reserva <strong>de</strong> sacarose, como <strong>na</strong> beterraba e ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>açúcar,<br />
esta é acumulada nos vacúolos do dreno, a favor do gradiente no<br />
princípio, e contra gradiente no fi<strong>na</strong>l da maturação, via H + -sacarose/K +<br />
antiporte, associado à ATPase, do tonoplasto. Já o amido é a principal<br />
forma <strong>de</strong> reserva em cereais, batata e mandioca. Nestes, a sacarose<br />
transportada pelo floema po<strong>de</strong> ser convertida diretamente em amido, como<br />
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