Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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As reações escuras<br />
b) A fotorrespiração po<strong>de</strong> servir para a síntese <strong>de</strong> aminoácidos a partir da<br />
transami<strong>na</strong>ção <strong>de</strong> glici<strong>na</strong> e seri<strong>na</strong>, produzidas <strong>na</strong> fotorrespiração. O fluxo <strong>de</strong><br />
nitrogênio <strong>na</strong> fotorrespiração é <strong>de</strong>z vezes superior ao fluxo <strong>na</strong> assimilação<br />
primária <strong>de</strong> N, segundo LORIMER & ANDREWS, (1981). O ciclo <strong>de</strong><br />
nitrogênio fotorrespiratório representa a maior parte da incorporação <strong>de</strong> NH 3<br />
em folhas, <strong>na</strong> maioria das plantas C 3 , em presença <strong>de</strong> luz (MARSCHNER,<br />
1995).<br />
c) A evolução da enzima rubisco se <strong>de</strong>u, a princípio, em uma atmosfera rica<br />
em CO 2 e pobre em O 2 , quando surgiram os primeiros vegetais <strong>na</strong> terra<br />
(STRYER, 1995). Com a proliferação da vida no planeta, a atmosfera se<br />
enriqueceu em O 2 produzido pela fotossíntese <strong>de</strong>stes primeiros vegetais, e a<br />
ação oxige<strong>na</strong>se, inerente à enzima rubisco, começou a tomar vulto. O<br />
surgimento <strong>de</strong> plantas mutantes com o ciclo glicolato-glicerato da<br />
fotorrespiração, on<strong>de</strong> há recuperação <strong>de</strong> parte do C, tornou-as mais eficientes<br />
do que aquelas que não o possuiam, e durante a evolução dos vegetais, somente<br />
aqueles com o ciclo da fotorrespiração sobreviveram (TOLBERT, 1981).<br />
d) A fotorrespiração é um processo que utiliza energia luminosa, po<strong>de</strong>ndo<br />
então servir para evitar a fotoinibição, principalmente em plantas C 3 ( HALL<br />
& RAO, 1994). A fotoinibição é <strong>de</strong>vida à exposição da folha a altas<br />
intensida<strong>de</strong>s luminosas, associado ao fechamento estomático, quando há uma<br />
menor disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água, em um dia <strong>de</strong> alta insolação, por exemplo.<br />
Nessas condições on<strong>de</strong> há pouca redução fotossintética <strong>de</strong> CO 2 , pela baixa<br />
disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste substrato com o fechamento estomático, o excesso <strong>de</strong><br />
energia gerada pela alta luminosida<strong>de</strong>, associado às oxidações <strong>de</strong>vido à alta<br />
relação <strong>de</strong> O 2 /CO 2 , causariam danos irreversíveis à integrida<strong>de</strong> das<br />
membra<strong>na</strong>s dos tilacói<strong>de</strong>s e aos centros <strong>de</strong> reação, principalmente ao<br />
fotossistema II (WU et al, 1991). A fotorrespiração nessas condições po<strong>de</strong><br />
servir para dissipação do excesso <strong>de</strong> ATP e NADPH; para a geração <strong>de</strong> CO 2<br />
interno, mantendo uma ativida<strong>de</strong> da rubisco; e para o consumo <strong>de</strong> oxidantes<br />
fortes como a H 2 O 2 , pela ação da catalase (LORIMER & ANDREWS, 1981;<br />
LÜTTGE et al, 1996).<br />
1.B.3. A via fotossintética C 4 (Via <strong>de</strong> Kortschack, Hatch-Slack)<br />
A via fotossintética C 4 é utilizada para a assimilação fotossintética em<br />
plantas C 4 , mas também em plantas CAM. As reações enzimáticas são as<br />
mesmas nos dois tipos <strong>de</strong> plantas, porém existem características distintas para<br />
cada uma <strong>de</strong>las.<br />
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