Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Assimilação <strong>de</strong> carbono<br />
localizados centrifugamente, próximos da pare<strong>de</strong> limite com o mesófilo, e são<br />
agra<strong>na</strong>res (Foto 1B), com baixo conteúdo <strong>de</strong> clorofilas e <strong>de</strong>ficientes no PS II<br />
(HALL & RAO, 1994). Por isso, um dos dois NADPH necessários para o<br />
ciclo <strong>de</strong> Benson-Calvin é fornecido <strong>na</strong> <strong>de</strong>scarboxilação do ácido málico, <strong>na</strong><br />
bainha perivascular (Fig. 4) e o outro, assim como o ATP necessário, é oriundo<br />
da interconversão <strong>de</strong> ácido fosfoglicérico em outras trioses-P, que transitam<br />
entre o mesófilo e a bainha. Portanto, em plantas C 4 do tipo NADP-ME, a<br />
redução do CO 2 <strong>na</strong> bainha perivascular é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da geração <strong>de</strong> NADPH<br />
e ATP nos cloroplastos do mesófilo (EDWARDS & HUBER, 1981). São<br />
classificadas como plantas C 4 <strong>de</strong>ste tipo, as espécies dos gêneros Andropogon,<br />
Saccharum, Sorghum, Zea e Paspalum, que são entre outras as principais plantas<br />
C 4 cultivadas.<br />
1.B.3.3. Características <strong>de</strong> plantas C 4<br />
A síndrome C 4 não po<strong>de</strong> funcio<strong>na</strong>r sem que a planta possua o conjunto <strong>de</strong><br />
características abaixo relacio<strong>na</strong>das. Inclusive para a classificação <strong>de</strong> uma espécie<br />
como sendo C 4 , a avaliação <strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong> características é necessário.<br />
Como será visto adiante existem vegetais que possuem somente algumas <strong>de</strong>stas<br />
características e portanto não po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas plantas C 4 , sendo<br />
classificadas como intermediárias C 3 -C 4 (LÜTTGE et al, 1996).<br />
a) Ponto <strong>de</strong> compensação <strong>de</strong> CO 2 próximo ou igual a zero: o ponto <strong>de</strong><br />
compensação <strong>de</strong> CO 2 traduz a concentração <strong>de</strong> CO 2 (<strong>na</strong> atmosfera <strong>de</strong> uma<br />
câmara com uma planta ilumi<strong>na</strong>da, em um circuito fechado) atingida quando<br />
ocorre o equilíbrio entre as reações <strong>de</strong> carboxilação, através da fotossíntese e <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scarboxilação, <strong>de</strong>vidas essencialmente à fotorrespiração. A fotorrespiração<br />
equivale a 70 a 80% das <strong>de</strong>scarboxilações <strong>na</strong> presença <strong>de</strong> luz, enquanto a<br />
respiração obscura equivale somente a 10 a 15% <strong>de</strong>ssas. Contudo, a respiração<br />
obscura é importante durante o período noturno, po<strong>de</strong>ndo representar um<br />
gasto total <strong>de</strong> 50% do carbono assimilado durante o dia (BRYCE &<br />
THORNTON, 1996).<br />
Nas plantas C 3 , <strong>de</strong>vido à liberação <strong>de</strong> CO 2 fotorrespiratório, o ponto <strong>de</strong><br />
compensação <strong>de</strong> CO 2 varia entre 30 e 80 µmol.mol -1 . Já <strong>na</strong> via C 4 , on<strong>de</strong> não<br />
existe o efeito inibidor do O 2 sobre a fotossíntese e sobre a enzima <strong>de</strong><br />
carboxilação, mesmo havendo alguma ativida<strong>de</strong> fotorrespiratória <strong>na</strong> bainha<br />
perivascular, o CO 2 liberado será recapturado pela PEP-case, que tem uma<br />
gran<strong>de</strong> afinida<strong>de</strong> pelo CO 2 (Tab. 2) (OGREN, 1984). Porém outros autores<br />
como BROWN & BYRD (1993), afirmam que a não liberação <strong>de</strong><br />
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