Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Assimilação <strong>de</strong> carbono<br />
possa ser contrabalançada pela maior produção anual <strong>de</strong> certas C 3 antes do<br />
período quente e seco. A maior área foliar <strong>de</strong> plantas C 3 também compensa,<br />
às vezes, sua menor taxa fotossintética (FISHER & TURNER, 1978). Além<br />
disso, a maior economia <strong>de</strong> água das plantas C 4 não permite afirmar que essas<br />
plantas sejam mais tolerantes aos baixos potenciais hídrico <strong>de</strong> folha<br />
(LUDLOW, 1976).<br />
Plantas CAM - com baixa taxa fotossintética por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área e <strong>de</strong><br />
crescimento quando funcio<strong>na</strong>ndo como CAM. Mas, no caso daquelas CAM<br />
facultativas, como A<strong>na</strong><strong>na</strong>s comosus,Opuntia ficusindica e Agave sisala<strong>na</strong>,<br />
po<strong>de</strong>m atingir produtivida<strong>de</strong> acima <strong>de</strong> 45 ton.ha -1 .ano -1 quando assimilando<br />
carbono durante o dia, <strong>na</strong> via C 3 . Essa média <strong>de</strong> produção está acima dos<br />
valores <strong>de</strong> 30 a 40 ton.ha -1 .ano -1 , obtidos em culturas como o trigo<br />
(PUGNAIRE et al, 1993). As plantas CAM obrigatórias têm alto conteúdo<br />
hídrico, baixa razão superfície/volume e baixa freqüência estomática<br />
(OSMOND et al., 1982), <strong>de</strong>senvolvem-se em regiões áridas, principalmente<br />
<strong>de</strong>vido à alta eficiência no uso <strong>de</strong> água (HALL & RAO, 1994).<br />
Plantas C 3 - com baixa taxa fotossintética por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área e <strong>de</strong><br />
crescimento da cultura, po<strong>de</strong>ndo atingir 0,2 a 0,4 ton.ha -1 .dia -1 , durante<br />
períodos curtos, para as leguminosas, que são plantas C 3 ; com saturação<br />
luminosa da fotossíntese com 600 a 800 mmol.m -2 .s -1 ; apresentando<br />
liberação <strong>de</strong> CO 2 fotorrespiratório, aumentado pela temperatura; com<br />
temperatura ótima para a fotossíntese entre 20 e 35°C, como é o caso <strong>de</strong> arroz<br />
e soja, e com baixa eficiência no uso <strong>de</strong> água e nitrogênio (NORMAN et al.,<br />
1995).<br />
Os efeitos dos fatores climáticos no crescimento e no <strong>de</strong>senvolvimento,<br />
assim como a partição <strong>de</strong> carbono entre os órgãos, são importantes para<br />
explicar diferenças <strong>na</strong>s taxas <strong>de</strong> crescimento da cultura (Tab. 4). Por exemplo,<br />
a taxa <strong>de</strong> crescimento da cultura da ca<strong>na</strong>-<strong>de</strong>-açúcar é seis vezes superior à taxa<br />
do capim <strong>na</strong>pier, ambas plantas C 4 , com estrutura do dossel semelhantes entre<br />
si (NORMAN et al., 1995).<br />
A taxa <strong>de</strong> assimilação fotossintética por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área é superior <strong>na</strong>s<br />
plantas C 4 (LAWLOR, 1995), porém <strong>de</strong>ve-se ressaltar que uma planta C 3<br />
com maior área foliar, terá uma alta produção <strong>de</strong> fotoassimilados. Isto é visto<br />
no estudo <strong>de</strong> SLATYER (1970), com Atriplex spongiosa, planta C 4 , e Atriplex<br />
hastata, planta C 3 , on<strong>de</strong> a planta C 4 com maior taxa <strong>de</strong> assimilação<br />
fotossintética no início <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>senvolvimento, aloca mais C em estruturas<br />
não fotossintetizantes, e a planta C 3 que aloca em área foliar tem, então,<br />
maior produção <strong>de</strong> fotoassimilados <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 3 sema<strong>na</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />
48