Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode
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Eficiência no uso <strong>de</strong> nutrientes e metabolismo <strong>de</strong> carbono<br />
O conhecimento sobre o comportamento vegetal quanto ao uso <strong>de</strong><br />
nutrientes nos permite manusear ou modificar o sistema para melhorar a<br />
eficiência no uso <strong>de</strong> N. Por exemplo: alguns genótipos têm melhor capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> N-NO 3 - e outros, <strong>de</strong> N-NH4 + ; alguns genótipos produzem<br />
mais matéria seca por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> N aplicada; outros genótipos têm maior<br />
capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mobilização <strong>de</strong> N <strong>de</strong> folhas e outros órgãos, para o grão; e<br />
alguns genótipos são mais adaptados a alto suprimento <strong>de</strong> N, enquanto<br />
outros são adaptados a baixo suprimento (VOSE, 1991).<br />
Nitrato (NO 3 - ) e amônio (NH4 + ) são as maiores fontes <strong>de</strong> nitrogênio<br />
inorgânico absorvidas pelas plantas (Fig. 16). A maior parte do NH 4 + <strong>na</strong><br />
planta <strong>de</strong>ve ser incorporado em N-orgânico já <strong>na</strong> raiz, pois não po<strong>de</strong> ficar livre<br />
<strong>na</strong> célula e tecidos, uma vez que a amônia (NH 3 ), resultante da reação do<br />
NH 4 + com a OH - , da água, é tóxica mesmo em baixas concentrações,<br />
causando <strong>de</strong>sacoplamento dos processos <strong>de</strong> fosforilação, sendo bastante<br />
permeável <strong>na</strong>s membra<strong>na</strong>s mitocondrial e cloroplástica. Já o NO 3 - po<strong>de</strong><br />
circular <strong>na</strong> planta e ser acumulado no vacúolo, sem causar danos à planta,<br />
po<strong>de</strong>ndo então ser estocado para posterior utilização (RICHTER, 1993).<br />
FERNANDES & ROSSIELLO (1995) ressaltam que em solos tropicais, com<br />
alter<strong>na</strong>das estações secas e chuvosas, há aumento súbito (“flush”) <strong>na</strong><br />
disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> NO 3 - no início da estação chuvosa durante 3 a 5 sema<strong>na</strong>s.<br />
Isto é <strong>de</strong>vido à rápida <strong>de</strong>gradação <strong>de</strong> matéria orgânica, com o aumento da<br />
população <strong>de</strong> microrganismos nos solos, principalmente fungos, e também<br />
<strong>de</strong>vido à migração do NO 3 - para a superfície do solo, durante a estação seca,<br />
<strong>de</strong> alta evaporação (NORMAN et al., 1995). Uma estratégia <strong>de</strong> adaptação em<br />
plantas seria a rápida absorção e acúmulo do NO 3 - para posterior utilização<br />
durante o seu <strong>de</strong>senvolvimento, quando a sua disponibilida<strong>de</strong> diminui com a<br />
lixiviação pelas chuvas e uso pela crescente micro fau<strong>na</strong> e flora do solo.<br />
3.C.1.1. NO 3 - como fonte <strong>de</strong> N<br />
A absorção <strong>de</strong> NO 3 - é ativa contra o potencial eletroquímico em um<br />
simport, associado à entrada <strong>de</strong> H + . Neste processo, a força motiva é o<br />
gradiente <strong>de</strong> prótons criado pela célula, com aumento do pH externo para<br />
promover a entrada do NO 3 - . O NO3 - absorvido po<strong>de</strong> ser acumulado no<br />
vacúolo para posterior utilização, mas para sua assimilação e utilização, precisa<br />
ser reduzido a NH 3 , e então incorporado em compostos orgânicos. Este<br />
processo necessita <strong>de</strong> 2 elétrons, para sua redução a NO 2 - , <strong>na</strong> reação catalizada<br />
pela nitrato redutase, e 6 elétrons, para a redução do NO 2 - a NH3 , <strong>na</strong> reação<br />
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