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Metabolismo de Carbono na Agricultura Tropical.pdf - Webnode

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Partição <strong>de</strong> carbono <strong>na</strong> planta<br />

Em clima tropical, no entanto, gran<strong>de</strong> parte da agricultura para a produção<br />

<strong>de</strong> alimentos é feita com baixa tecnologia, em regiões <strong>de</strong> alta<br />

evapotranspiração, sem irrigação e, visto o alto custo da aplicação <strong>de</strong><br />

fertilizantes, conduzida com baixa disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nutrientes (NORMAN<br />

et al., 1995). Portanto, a seleção <strong>de</strong> plantas com sistema radicular bem<br />

<strong>de</strong>senvolvido, para profundida<strong>de</strong> e área radicular, apesar <strong>de</strong> não ser um órgão<br />

colhido para a maioria das culturas, permitirá aumentos <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />

(PUGNAIRE et al., 1994). HENDRIX (1994) propõe que 44% do carbono<br />

fixado pela fotossíntese vão para a raíz, com 1/4 <strong>de</strong>sse valor utilizado no<br />

crescimento, e o restante <strong>na</strong> respiração <strong>de</strong> manutenção. O mesmo autor afirma<br />

que para plantas em simbiose com o Rhizobium, pelo menos 12% dos<br />

fotossintatos produzidos pela planta são gastos <strong>na</strong> respiração e crescimento dos<br />

nódulos, assim como em plantas micorrizadas, 5 a 10% <strong>de</strong>stes fotossintatos<br />

são usados pelo fungo. Estes gastos com a raiz, assim como <strong>na</strong> simbiose, são<br />

vantajosos para a planta <strong>de</strong> clima tropical <strong>de</strong>vido à carência <strong>de</strong> nitrogênio, que<br />

será assimilado pelo sistema radicular mais eficiente e/ou pela simbiose com o<br />

Rhizobium. Da mesma forma, a associação com fungos micorrízicos trará<br />

benefícios ao aumento do volume radicular e conseqüente absorção <strong>de</strong> água e<br />

fósforo, ambos limitantes em solos tropicais. Portanto, este gasto <strong>de</strong> energia<br />

em um órgão não colhido trará vantagens para a eficiência no uso <strong>de</strong> água,<br />

nitrogênio e fósforo, que são limitantes <strong>na</strong> agricultura tropical (DUNCAN &<br />

BALIGAR, 1990).<br />

Tendo em vista a maior probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> temperaturas altas<br />

e falta <strong>de</strong> água em clima tropical, um vegetal que possua uma floração e<br />

frutificação mais longas, in<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das, terá mais chances <strong>de</strong> produzir um<br />

maior número <strong>de</strong> drenos reprodutivos, como a prolificida<strong>de</strong> do milho, com<br />

mais <strong>de</strong> uma espiga aproveitável por colmo, ou a soja, que comparada ao<br />

feijão, apresenta um período <strong>de</strong> floração e produção <strong>de</strong> vagens mais longo.<br />

Havendo um estresse ambiental durante uma parte do período <strong>de</strong> floração e<br />

<strong>de</strong> frutificação, ainda existem chances <strong>de</strong> que esse estresse termine antes do<br />

fi<strong>na</strong>l da produção dos drenos (WARDLAW, 1990). Além <strong>de</strong>ssa vantagem, o<br />

milho prolífero é mais eficiente no uso <strong>de</strong> N do que o milho não prolífero<br />

(CLARK, 1991).<br />

Plantas com o i<strong>de</strong>otipo proposto por MOCK & PEARCE (1975) e<br />

PATERNIANI (1990), em geral terão menor potencial <strong>de</strong> produção do que o<br />

i<strong>de</strong>otipo tradicio<strong>na</strong>l, com gran<strong>de</strong> porte <strong>de</strong> parte aérea e espiga. O primeiro<br />

teria uma característica <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção, produzindo menos que<br />

outros em condições favoráveis, porém mantendo uma certa produção<br />

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