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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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Dentre as espécies registradas na Mata Ciliar do rio Parnaíba, estão o arredio-do-rio<br />

(Cranioleuca vulpina), o anu-coroca (Crotophaga major), a choca-barrada (Thamnophilus<br />

doliatus), a anhuma (Anhima cornuta) e o japu (Psarocolius decumanus), espécies de ampla<br />

distribuição no Cerrado e na Caatinga.<br />

Espécies florestais com exigências ecológicas mais estritas foram registradas de forma<br />

pontual, em formações ciliares ao longo de afluentes do rio Parnaíba, como nos pontos 40 e<br />

64. Dentre elas destacam-se o gavião-bombachinha-grande (Accipiter bicolor), a garça-real<br />

(Pilherodius pileatus) e o jacupemba (Penelope superciliaris).<br />

O ponto 64 foi um dos raros dentre os amostrados, onde se observou uma formação ciliar<br />

mais preservada, com a presença não apenas de carnaúbas, mas também das outras<br />

espécies vegetais arbóreas que compõem o ambiente original (Fotos 9.1.5.1-3 e 9.1.5.1.-4),<br />

com poucas alterações antrópicas.<br />

Neste ponto, notou-se a presença de quatro espécies da família Dendrocolaptidae,<br />

conhecidos popularmente como arapaçus ou subideiras, aves estritamente florestais, que se<br />

deslocam pelos troncos das árvores como os pica-paus, e que são excelentes indicadoras<br />

de boa qualidade ambiental.<br />

Dentre elas estão o arapaçu-de-bico-branco (Xiphorhynchus picus), o arapaçu-grande<br />

(Dendrocolaptes platyrostris) e o arapaçu-beija-flor (Campylorhamphus trochilirostris; Foto<br />

9.1.5.1-6).<br />

• Savana (Cerrado)<br />

Os ambientes de Cerrado sensu strictu estão pouco representados na AID do AHE Estreito,<br />

e ocorrem apenas em áreas mais afastadas do vale do rio Parnaíba, onde o relevo é mais<br />

acidentado e predomina cobertura vegetal arbustivo-herbácea sobre solo raso, com poucas<br />

arvoretas.<br />

Algumas aves típicas deste Bioma foram registradas na área, notadamente no ponto 67’<br />

(Foto 9.1.5.1-5), dentre elas a bandoleta (Cypsnagra hirundinacea), o suiriri-cinzento (Suiriri<br />

suiriri), o sertanejo (Sublegatus modestus), o bacurauzinho (Chordeiles pusillus), a seriema<br />

(Cariama cristata) e o campainha-azul (Porphyrospiza caerulescens), este último ameaçado<br />

de extinção (IUCN,2008).<br />

A presença de espécies que ocorrem predominantemente no bioma Cerrado, como a perdiz<br />

(Rhynchotus rufescens), convivendo no mesmo ponto com espécies da mesma família, de<br />

hábitos semelhantes, e típicas do Bioma Caatinga, como codorna-do-nordeste (Nothura<br />

boraquira), evidencia uma característica transicional da área.<br />

Esta característica de transição entre Cerrado e Caatinga, foi observada não somente em<br />

área aberta no entorno do ponto 64, onde as duas espécies foram registradas, mas na<br />

maioria dos pontos amostrados na área de influência do empreendimento, onde<br />

representantes dos dois Biomas foram registrados lado a lado.<br />

9.1.5.1.3.2. Avifauna Aquática e Semi-Aquática<br />

De maneira geral, observou-se que as áreas úmidas ao longo da área de influência do AHE<br />

Estreito encontram-se bastante descaracterizadas devido ao intenso uso para atividades<br />

agro-pastoris.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-48

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