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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) aparenta ser bastante raro, assim como o<br />

tatu-canastra (Priodontes maximus). Talvez isto possa estar associado à baixa ocorrência<br />

de cupinzeiros na região, associada à pressão de caça sofrida historicamente. A anta<br />

(Tapirus terrestris) é uma das espécies mais raras por toda a região, só havendo sua<br />

presença reportada para uma única área. Situação parecida tem também o veado-campeiro<br />

(Ozotocerus bezoarticus), que juntamente com a anta está ausente da listagem nacional,<br />

mas foram considerados vulneráveis no Maranhão (Oliveira, 1997). Suas raridades são<br />

decorrentes da pressão de caça sofrida. Segundo informes, o primeiro está quase extinto<br />

nessa região do Rio Parnaíba. A presença do suçuapara/veado-galheiro (Blastocerus<br />

dichotomus) foi inusitada, pois a espécie, de situação crítica no Maranhão, já chegou até<br />

mesmo a ser considerada como possivelmente extinta no Estado (Oliveira 1997). Entretanto<br />

o relato de registro da espécie é para a região das Gerais de Balsas, que seria contígua à<br />

área analisada neste trabalho. O porcão/queixada (Tayassu pecari) seria outra espécie que<br />

ainda subsiste em condições precárias e em áreas bem limitadas.<br />

As causas que ameaçam as espécies em risco de extinção já registradas, além da<br />

destruição e fragmentação do hábitat, são a caça para alimentação e para o “controle da<br />

predação” a animais domésticos (gado, galináceos, etc.) (Foto 9.1.5.2-1). A perseguição<br />

atual sofrida por parte das duas espécies de felinos de grande porte, por representarem uma<br />

potencial ameaça ao gado, tipifica claramente os problemas por que passam os eventuais<br />

exemplares ainda remanescentes na região. O cachorro-do-mato (Speothos venaticus) é<br />

naturalmente raro e acredita-se ser suscetível a doenças transmitidas por cães domésticos,<br />

assim como o também ameaçado lobo-guará (Chrysocyon brachyurus - Oliveira, in press). A<br />

maioria destas espécies pode servir como excelentes indicadores da qualidade ambiental,<br />

pois muitas são altamente sensíveis. As localidades das espécies mencionadas estão<br />

descritas na Tabela 9.1.5.2-1.<br />

9.1.5.2.4. Ocorrências na área de influência direta (AID) dos empreendimentos<br />

Existem 12 espécies que seriam de especial interesse com registros confirmados para áreas<br />

de influência direta dos empreendimentos (Tabela 9.1.5.2-2, -9). Devido suas características<br />

biológicas e de mobilidade todas podem ocorrer em todas as áreas dos reservatórios<br />

avaliados, mesmo que momentaneamente não tenham sido detectadas em algum destes.<br />

Também por conta destas características, quando do barramento do rio estas deverão<br />

deslocar-se para as áreas não inundadas (AII). Isto, por sua vez, elevará momentaneamente<br />

a abundância das mesmas nas adjacências, levando-as provavelmente a ultrapassar a<br />

capacidade de suporte da área, cujos efeitos são “incertos”, mas ecologicamente negativos.<br />

Como muitas destas espécies são predadores naturais poderá haver aumento de casos de<br />

predação em criações domésticas. Por estes motivos faz-se necessário um monitoramento<br />

destas espécies tanto no pré como no pós enchimento da barragem.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-99

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