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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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provocar um efeito de concentração, diminuir a área de colonização, resultando em maiores<br />

densidades (Abílio, et al, 2007)<br />

Para os ambientes temporários, em especial os lênticos, as características do sedimento, o teor<br />

de matéria orgânica e a presença de macrófitas, principalmente nas lagoas temporárias, podem<br />

favorecer a instalação de organismos bentônicos. As macrófitas aquáticas podem desempenhar<br />

um importante papel como substrato, lugar de refúgio e alimentação (Blanco-Belmonte et al.,<br />

1998 apud Abílio, et al, 2007).<br />

Essas adaptações são de suma importância para as espécies de macroinvertebrados de regiões<br />

semi-áridas, pois permitem a recolonização quando as condições ambientais tornarem-se<br />

favoráveis novamente, a exemplo dos ostrácodas que produzem ovos de resistência,<br />

permitindo a viabilidade dos mesmos por longos períodos de estiagem (Abílio, et al, 2007).<br />

A seguir são listados os táxons identificados na primeira e segunda campanhas de levantamento<br />

dos Macroinvertebrados Bentônicos dos pontos inseridos na área de influência direta do AHE<br />

Estreito.<br />

- Análise Qualitativa<br />

Os dados obtidos nas duas campanhas da comunidade bentônica realizadas em fevereiro/março<br />

e maio/junho de 2009 na área de estudo do AHE Estreito são apresentados, a seguir, na Tabela<br />

9.2.4.3-9 e no Gráfico 9.2.4.3-13.<br />

A fauna bentônica dos cursos d'água estudados reuniu 84 táxons pertencentes aos seguintes<br />

grupos taxonômicos: Filo Arthropoda: Classe Insecta - Ordem Ephemeroptera (7), Ordem<br />

Orthoptera (2), Ordem Diptera (17), Ordem Odonata (8), Ordem Trichoptera (5), Ordem<br />

Coleoptera (17), Ordem Plecoptera (1), Ordem Hemiptera (15), Ordem Collembola (2), Ordem<br />

Lepidoptera (1), Classe Arachnida – Ordem Acari - (3); Subfilo Crustacea: Ordem Decapoda (1),<br />

Filo Mollusca: Classe Bivalvia (1), Classe Gastropoda (1), Filo Annelida: Classe Oligochaeta (1),<br />

Classe Hirudinea (1) e Filo Nematoda (1).<br />

Reproduzindo um padrão observado nos sistemas aquáticos tropicais, os cursos d’água<br />

analisados apresentam como principais representantes dos macroinvertebrados bentônicos as<br />

larvas de insetos. Esses organismos passam parte da vida ou seu ciclo completo associada ao<br />

substrato de fundo, sendo que para alguns deles a fase larvária é muito mais prolongada que a<br />

adulta.<br />

Os grupos mais representativos inventariados em ambas as campanhas foram Coleoptera e<br />

Diptera, ambos com 20% da riqueza relativa, seguidos de Hemiptera (17%).<br />

Os coleópteros foram mais expressivos na lagoa Bom Jardim (EST-07, margem esquerda), com<br />

10 táxons, na segunda campanha. Esses organismos desempenham papel importante na<br />

reciclagem de nutrientes, principalmente na fase larval. Algumas famílias de coleópteros<br />

conseguem digerir a celulose, tornando-a mais simples e disponível para o ecossistema,<br />

enquanto que outras podem enriquecer o solo, incorporando matéria orgânica (principalmente<br />

fezes) durante sua fase de reprodução. Podem ser também importantes indicadores da<br />

qualidade do meio ambiente, devido à grande quantidade de hábitats que ocupam.<br />

A ordem Diptera (larvas de moscas e mosquitos) se desenvolvem em grande número nos<br />

ambientes lacustres e fluviais, participando significativamente da composição faunística destes<br />

meios. Os adultos depositam ovos na superfície das águas e dão origem a um número elevado<br />

de larvas que colonizam em geral sedimentos arenosos e lodosos, além da vegetação<br />

aquática.Os dípteros foram menos relevantes na calha do rio Parnaíba, concentrando uma maior<br />

riqueza nos tributários e nas lagoas.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudo de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-209

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