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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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Tabela 9.3.1-7 Lista de espécies encontradas na literatura (Roberts, 1973; Soares, 1987),<br />

nas campanhas de coleta de 2005 e 2009, e dados complementares de<br />

ocorrência e problemas taxonômicos (Reis et al., 2003).<br />

Ordem (Família) Espécie Literatura<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-286<br />

Campanhas<br />

2005/2009<br />

Ocorrência<br />

Siluriformes (Pimelodidae) Pinirampus pirinampu X Bacias do Amazonas, Orinoco, Essequibo e Paraná<br />

Siluriformes (Pimelodidae)<br />

Siluriformes (Pimelodidae)<br />

Pseudoplatystoma<br />

corruscans<br />

Pseudoplatystoma<br />

fasciatum<br />

X X Bacias dos rios Paraná e São Francisco<br />

X X<br />

Siluriformes (Pimelodidae) Sorubim lima X X<br />

*Espécies endêmicas; S/I: Sem informações taxonômicas.<br />

Bacias dos rios Amazonas, Corantijn, Essequibo,<br />

Orinoco e Paraná<br />

Bacias dos rios Paraná, Paraguai, Amazonas e<br />

Orinoco<br />

Deve-se ressaltar, ainda, que há registro de ocorrência de espécies introduzidas na bacia,<br />

como o pirarucu (Arapaima gigas), o tucunaré (Cichla spp.) e o tambaqui (Colossoma<br />

macropomum), no trecho do Parnaíba a jusante de Boa Esperança. Sua presença neste<br />

trecho indica uma importante alteração antrópica, que aliada a outras decorrentes do<br />

processo histórico de ocupação dos trechos médio-inferior e baixo do rio Parnaíba, no qual<br />

se insere o AHE Estreito, possivelmente contribuiu para o empobrecimento de sua<br />

ictiofauna. A baixa ocorrência de espécies migradoras de maior porte, como surubim,<br />

pirapitinga e fidalgo, é indicadora de tais modificações históricas na composição original da<br />

comunidade de peixes nesta porção da bacia.<br />

A riqueza ictiofaunística do trecho analisado pode ser considerada baixa (43 espécies),<br />

representando pouco mais de 30% do número de espécies estimado para a bacia durante<br />

as campanhas de coleta (126 espécies). A sua distribuição no trecho de influência do<br />

aproveitamento foi caracterizada predominantemente em tributários situados na área de<br />

influência direta do reservatório do AHE. O menor número de espécies registrado na<br />

estação localizada no rio Parnaíba (ES4) reflete uma menor diversidade de biótopos na<br />

porção marginal do rio, em relação aos tributários. Apesar de serem representados por rios<br />

de pequeno porte, estes tendem a ser mais estruturados e diversificados ecologicamente.<br />

Apesar disto, em função da extensão destes tributários, a exemplo do Itaueiras, e da<br />

capacidade de deslocamento de algumas das espécies de pequeno porte, as populações<br />

registradas nos tributários não deverão ser afetadas diretamente pela formação do<br />

reservatório, embora o seu isolamento em certos trechos superiores dos tributários na área<br />

a ser inundada possa restringi-los a tais trechos, dificultando o intercâmbio gênico com<br />

outras populações da bacia. Um fator a ser considerado, neste sentido, e que pode agravar<br />

o isolamento, é o caráter intermitente dos rios da margem direita do Parnaíba, na área de<br />

influência direta do AHE Estreito.<br />

Uma vez que não foi realizado o exame do conteúdo estomacal das espécies encontradas,<br />

a classificação de sua guilda trófica tem por base estudos realizados em outras áreas sobre<br />

estas mesmas espécies ou gênero. Muitos peixes mostram uma plasticidade alimentar,<br />

principalmente quando seu ambiente sofre mudanças, por isso, este tópico reflete a<br />

tendência mais marcante de cada espécie. Para resultados mais apropriados, faz-se<br />

necessário um estudo sobre a ecologia trófica das espécies de interesse que habita a região<br />

analisada.

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