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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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de solo e formação geológica; cobertura e uso do solo; topografia; erosão das terras;<br />

escoamento superficial; características dos sedimentos e; condições morfológicas do canal.<br />

Dentre estes fatores, as condições de uso e ocupação do solo têm relação direta com a<br />

produção de sedimento na bacia e o incremento destas taxas é motivado pelas práticas<br />

inadequadas de manejo, onde é observado um processo de desmatamento contínuo,<br />

expondo os terrenos, sem proteção a ação das intempéries. Em função disto, não raras<br />

vezes, os reservatórios tendem a ser assoreados em um intervalo de tempo inferior ao<br />

estimado inicialmente.<br />

A divisão de queda analisada compreende os reservatórios propostos situados a jusante da<br />

UHE Boa Esperança, respectivamente os AHE’s Cachoeira, Estreito e Castelhano.<br />

A consideração, neste estudo, tão somente destes três reservatórios se justifica, em função<br />

da alta retenção de sedimento promovida pelo reservatório de Boa Esperança, estimada em<br />

95%, o que praticamente elimina a influência dos reservatórios previstos a montante,<br />

respectivamente os AHE’s Ribeiro Gonçalves e Uruçuí.<br />

8.6.2.1. Caracterização do Regime de Vazões<br />

Desta forma, o trecho do rio Parnaíba, objeto destes estudos abrange o percurso<br />

compreendido entre a Barragem de Boa Esperança e o Delta do Parnaíba, computando<br />

uma extensão aproximada de 732 km e uma área intermediária de 531.130 km 2 .<br />

Ao longo deste percurso, a bacia possui uma conformação assimétrica, com maiores<br />

tributários afluindo pela sua margem direita. Estes afluentes drenam terras pertencentes à<br />

região do semi-árido da bacia, onde as chuvas são escassas e os solos não propiciam o<br />

armazenamento de água. Como conseqüência, as vazões são reduzidas e os cursos d’água<br />

apresentam um comportamento intermitente.<br />

Dentre os tributários de maior porte localizados a jusante do AHE Boa Esperança citam-se<br />

os rios Gurguéia, Itaueiras, Canindé, Poti e Longá, cujas principais características são<br />

apresentadas na seqüência.<br />

• Rio Gurguéia<br />

O rio Gurguéia atravessa os terrenos pertencentes à unidade morfoclimática de contato<br />

entre o cerrado e a caatinga. Em termos de vazões médias anuais verifica-se uma produção<br />

hídrica da ordem de 0,73 l/s/km 2 e um padrão sazonal de vazões muito acentuado, com a<br />

ocorrência de um semestre relativamente muito úmido de dezembro a maio, sendo abril,<br />

com 1,7 l/s/km 2 , o mês onde geralmente ocorrem os maiores deflúvios.<br />

• Rio Canindé e Itaueiras<br />

As bacias do rio Canindé e do rio Itaueiras compreendem em sua maior extensão terrenos<br />

pertencentes à unidade morfoclimática da caatinga. Nas porções de seu baixo curso,<br />

encontram-se, em menor proporção, as unidades enquadradas nos domínios de contato<br />

entre o cerrado e caatinga e a floresta decidual mista.<br />

Em termos de vazões médias anuais, verifica-se uma produção hídrica da ordem de<br />

0,78 L/s/km 2 . O padrão sazonal evidencia também a ocorrência de um semestre<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 8-29

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