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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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9.3.1.2 Pesca Comercial de Peixes para Consumo<br />

Segundo Lowe–McConnell (1984), as principais espécies de importância comercial da bacia<br />

são a curimatã Prochilodus lacustris, a corvina Plagioscion squamosissimus, a piranha<br />

Pygocentrus nattereri, o surubim Pseudoplatystoma corruscans, o arenque Pellona<br />

castelnaeana, o fidalgo Ageneiosus inermis, o mandubê Hemisorubim platyrhynchos, os<br />

piaus Leporinus spp. e Schizodon, a pirapitinga Brachyplatystoma filamentosum e B.<br />

vaillanti, a traíra Hoplias malabaricus e os mandis Pimelodus spp.<br />

Dentre as espécies de importância pesqueira da bacia, podem ser citadas algumas pouco<br />

comuns, como o bagre Pimelodus ornatus, a bocarra, a branquinha, os pacus – das<br />

espécies Myleus asterias e Metynnis lippincottianus – e a pirapitinga; outras são mais<br />

abundantes, como o fidalgo, a pescada do Piauí e o pintado – conhecido como surubim do<br />

rio Parnaíba; finalmente, ainda outras menos abundantes, como o arenque, a curimatã, o<br />

mandubé e os piaus – incluindo o piau pintado (PAIVA, 1983).<br />

A atividade pesqueira no trecho do rio Parnaíba entre as cidades de Floriano e Amarante<br />

(PI), correspondente àquele a ser inundado pelo reservatório do AHE Estreito, é<br />

predominantemente de subsistência, praticada desembarcada e de barranco. A despeito da<br />

cidade de Floriano representar um importante centro consumidor na região, a<br />

comercialização de pescado oriundo do próprio rio é reduzida. A maioria do pescado é<br />

proveniente do reservatório de Boa Esperança, localizado a montante, ou até mesmo de<br />

outras bacias, como o reservatório de Sobradinho (BA), na bacia do São Francisco, e o<br />

Tocantins (PA).<br />

A pouca expressividade da atividade e da produção pesqueira no trecho considerado, reflete<br />

o empobrecimento da ictiofauna, conforme anteriormente ressaltado, bem como o processo<br />

histórico de redução dos estoques de espécies de maior porte e importância pesqueira, no<br />

decorrer dos últimos 30 anos, desde a implantação da UHE de Boa Esperança.<br />

As espécies mais comumente capturadas e consumidas são traíra, piaus e cascudos,<br />

embora haja registro da captura de pirarucus e tambaquis no trecho abaixo de Floriano.<br />

Estas espécies, de origem amazônica, foram provavelmente introduzidas na bacia do<br />

Parnaíba, possivelmente associado a atividades de piscicultura. As mesmas não foram<br />

capturadas durante os levantamentos ictiofaunísticos realizados, não havendo garantia de<br />

sua ocorrência na AID do AHE Estreito. A maioria das espécies inventariadas é de pequeno<br />

porte, sem valor pesqueiro, embora de considerável relevância para a biodiversidade de<br />

peixes da bacia e da região neotropical, visto serem endêmicas e algumas delas carecerem<br />

de definição de seu status taxonômico<br />

9.3.1.2.1 Ictioplâncton<br />

A região biogeográfica neotropical, que inclui toda a América do Sul, possui a mais<br />

diversificada fauna de peixes de água doce conhecida, com mais de 2.400 espécies<br />

descritas e muitos rios caracterizados por um alto grau de endemismo (LOWE-MCCONELL,<br />

1999; NAKATANI et al., 2001; AGOSTINHO et al., 2007). No entanto, o conhecimento da<br />

ictiofauna de suas bacias é ainda incipiente. O Brasil, por possuir a maior rede hidrográfica<br />

do mundo, detém o título de país campeão em riqueza de espécies de peixes de água doce,<br />

embora nenhum rio brasileiro tenha sua fauna completamente identificada (NAKATANI et<br />

al., 2001; AGOSTINHO et al., 2007).<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-289

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