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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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9. ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA – AID DO MEIO BIÓTICO<br />

9.1. ECOSSISTEMAS TERRESTRES<br />

9.1.1. Introdução<br />

A Área de Influência Direta do AHE Estreito situa-se em uma região de contato entre as 3<br />

maiores Províncias Fitogeográficas brasileiras: Amazônia, Cerrado e Caatinga. Cada<br />

Província é caracterizada principalmente por condições climáticas específicas, sendo que na<br />

Amazônia há maior pluviosidade anual e ausência de uma estação seca pronunciada, o que<br />

associado às altas temperaturas ao longo de todo o ano, permite a existência de uma<br />

vegetação exuberante, de grande porte e sem deciduidade marcante. Na Caatinga, por<br />

outro lado, as temperaturas elevadas, em consonância com uma seca pronunciada e com<br />

baixos índices pluviométricos, determinam a ocupação da área por uma vegetação<br />

adaptada às condições adversas do clima. Essa vegetação é marcada por indivíduos de<br />

porte baixo, que ocorrem de modo adensado e perfilhado, muitas vezes com espinhos. De<br />

modo geral, na Província do Cerrado, apesar da marcante estacionalidade climática, as<br />

temperaturas anuais médias são relativamente mais baixas e a pluviosidade anual é mais<br />

elevada que a da Caatinga. No Cerrado, a ocorrência de duas estações bem definidas<br />

associada à acidez dos solos e sua baixa concentração de nutrientes, determina a<br />

ocorrência de uma vegetação peculiar, marcada por arvoretas retorcidas, com súber<br />

espesso e folhas grossas, que protegem do fogo e acumulam nutrientes. As variações<br />

ambientais e vegetacionais também são acompanhadas de variações na composição<br />

faunística, que além da questão geográfica, pode ser altamente relacionada com as<br />

variações temporais de clima e de recursos alimentares.<br />

Em função da grande extensão territorial ocupada por cada Província e de suas variações<br />

locias e regionais de condições climáticas, geológicas e fisiográficas, a vegetação<br />

apresenta-se em diferentes fisionomias, com composição florística e estrutura variáveis, que<br />

se misturam em curtas distâncias. Além disso, o contato entre a vegetação das diferentes<br />

Províncias resulta na existência de áreas ecotonais.<br />

O presente capítulo trata da caracterização dos ecossistemas terrestres, da flora e da fauna<br />

vertebrada da Área de Influência Direta do AHE Estreito. Ressalta-se que, em função de sua<br />

localização numa região de contato entre os três Biomas (Amazônia, Caatinga e Cerrado), a<br />

área detém uma grande variedade de ecossistemas e de formações de transição, que<br />

condicionam os aspectos florísticos e faunísticos aqui apresentados.<br />

9.1.2. Procedimentos Metodológicos<br />

9.1.2.1. Metodologia Geral<br />

A metodologia adotada para o estudo dos ecossistemas terrestres da referida AID está<br />

presentada no Volume II, Tomo I, item 1.2 do Capítulo 1 - Procedimentos Metodológicos.<br />

9.1.3. Mapeamento, Caracterização e Análise do Uso das Terras e da Cobertura<br />

Vegetal<br />

O Mapa de Uso do Solo/ Vegetação (Vol2 Tomo II ANEXO VI) para a AHE Estreito foi<br />

elaborado a partir da fotointerpretação analógica de imagens de satélite Lansat 5, datadas<br />

de julho e agosto de 2008. O conhecimento das equipes e dos pontos levantados em campo<br />

pelos zoólogos, botânicos, ecólogos e outros profissionais do meio biótico que realizaram os<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-1

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