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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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Também há situações de alteração da ocupação da bacia que podem afetar a taxa de<br />

erosão superficial de forma significativa. Em geral, as ocupações de novas fronteiras<br />

agrícolas nas bacias a jusante da barragem aumentam a produção de sedimentos<br />

reduzindo o processo erosivo.<br />

Outro aspecto que não foi considerado, embora existam algumas evidências na estação<br />

fluviométrica de barão de Grajaú, é o efeito de encouraçamento de leito, ou seja, a<br />

segregação de sedimentos formando uma carapaça de material mais grosseiro na<br />

superfície do leito que reduzem a taxa de erosão.<br />

No caso da bacia do rio Parnaíba, as cartas geotécnicas indicam um maior potencial de<br />

erosão de solos no trecho inferior do rio, principalmente no que diz respeito a erosões<br />

lineares. Esta é uma forte indicação que, dependendo do tipo de ocupação dada na bacia<br />

inferior do Parnaíba, pode-se ter uma compensação ou até uma reversão da tendência de<br />

erosão para o assoreamento.<br />

Existem casos no Brasil de processos de erosão de solo na fase de expansão da fronteira<br />

agrícola que perdura por décadas, levando a processos de instabilidade fluvial (assoreamento<br />

de leito e alargamento de seções). Um exemplo disto são os processos de erosão superficial<br />

observados no oeste dos estados de São Paulo e Paraná e as variações das curvas-chaves<br />

de diversos postos fluviométricos da região (alteamento das cotas do leito).<br />

8.6.10.2. Alterações do Leito a Jusante de Boa Esperança<br />

Durante a inspeção de campo foi percorrida a extensão do rio Parnaíba no trecho<br />

compreendido entre o canal de fuga de Boa Esperança até seu desemboque no mar, na<br />

região do Delta do Parnaíba.<br />

Ao longo deste percurso foi possível verificar as características morfológicas e hidráulicas<br />

da calha de escoamento, moldadas pelo aporte de sedimentos e de vazões provenientes de<br />

diversos tributários laterais.<br />

No trecho inicial inspecionado, a jusante do reservatório de Boa Esperança, o rio Parnaíba<br />

apresenta leito e margens com conformação rochosa, largura do rio da ordem de 100 m e<br />

escoamento bastante turbulento e velocidade medida próxima a superfície da água igual a<br />

1,5 m/s. Ao longo deste percurso observou-se também a presença de ilhas e afloramentos<br />

igualmente rochosos, formando pequenos trechos em corredeiras, evidenciando o caráter<br />

erosivo da água liberada pelo reservatório de Boa Esperança.<br />

A coleta de sedimento de fundo realizada no centro do rio revelou apenas a presença de<br />

seixos graúdos com aproximadamente 50 mm de diâmetro, atestando a alta retenção<br />

promovida pelo reservatório de Boa Esperança que segundo estimativas, possui uma<br />

capacidade de reter 95 % da carga de sedimento afluente.<br />

À medida que se dirige para jusante verifica-se uma progressiva redução dos diâmetros dos<br />

sólidos coletados, sendo verificadas na seqüência, dimensões da ordem de 40 mm e 30<br />

mm.<br />

A presença de areia mesclada com seixo de pequenas dimensões começa a ser<br />

evidenciada a partir do sexto ponto de amostragem, situado após a confluência do rio<br />

Gurguéia, em um ponto distante aproximadamente 30 km a jusante do aproveitamento de<br />

Boa Esperança.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 8-70

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