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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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proximidades do eixo da AHE de Estreito. Observa-se que nas margens do rio Parnaíba o<br />

relevo eleva-se de forma abrupta com ângulo alto, notadamente tem um reduzido depósito<br />

em colúvio, mas um extenso e espesso terraço aluvionar. Apesar do terraço apresentar<br />

largos os limites com o canal do rio, o mesmo tem a forma abrupta, provavelmente<br />

relacionada com os padrões de erosão durante os períodos mais chuvosos. Vale salientar<br />

que nas imediações tem-se uma significativa bacia de recepção com um largo anfiteatro.<br />

Na margem direita, o relevo é suavemente ondulado, condicionando a deposição e<br />

construção do terraço marginal, tem-se ainda a deposição do deposito de colúvio e o<br />

deposito de alteração, ambos têm pouca espessura. A disposição em rampa com inclinação<br />

para o rio Parnaíba reflete um padrão erosivo com escarpas bem pronunciadas deste<br />

interflúvio.<br />

O arranjo da drenagem exibe, de um modo geral, um aspecto dendrítico de dissecação,<br />

mas em alguns pontos ressalta o arranjo paralelo e retangular, gerados pelo alinhamento<br />

dos rios na trama estrutural das estruturas regionais. Na margem direita do rio Parnaíba a<br />

drenagem tem aspecto mais denso e nas proximidades das rochas da Formação Sardinha<br />

(circunvizinhança da cidade de Amarante) tem aspecto semi-circular coincidente com a<br />

forma do corpo de natureza ígnea. Deve ser salientado que uma quebra no relevo mostra<br />

as influencias da falha de São Francisco com direção NE, que controla principalmente a<br />

calha do Rio Canindé. Na porção a sudeste, próxima a Francisco Ayres, os drenos correm<br />

sobre os sedimentos de Formação Piauí com uma estruturação dos rios de 1ª e 2ª ordem<br />

concorda com as direções preferenciais NE e NW antes de desaguarem no rio Parnaíba. Na<br />

margem esquerda, na porção oeste e noroeste a drenagem está superimpostas às feições<br />

morfológicas chapadas e mesas da Formação Pedra de Fogo, com um arranjo preferencial<br />

NE para os drenos de 1ª ordem, e, E-W para os de 2ª ordem. No interior das áreas de recuo<br />

em ambas as vertentes os cursos d´água convergem para porções para os vales segundo a<br />

direção NE, posteriormente assumem a direção NW, onde convergem para o rio Parnaíba.<br />

Ao norte da cidade de Barão de Grajaú, sobre as unidades sedimentares da Formação<br />

Piauí, a drenagem exibe longos trechos retilíneos com feições anômalas em cotovelo. Estas<br />

feições estão relacionadas à reativação da rede de drenagem e retrabalhamento das<br />

estruturas com direção principal NW-SE; o mesmo comportamento é observado nas<br />

unidades da Formação Poti nas imediações de Barão de Grajaú.<br />

A estruturação observada na rede de drenagem, nas imediações do eixo do<br />

empreendimento, está totalmente condicionada pelas falhas de São Francisco e Descanso<br />

com direção NE-SW. Estas estão no prolongamento do lineamento Sobral-Pedro II, e<br />

controlam alguns trechos do rio Canindé com direção de luxo NW-SE. Os padrões erosivos<br />

também deixam evidente a estruturação tectônica da área. Uma análise de detalhe nos<br />

drenos de 1ª e 2ª ordens indicaria os eixos de reativação recente (neotectônica).<br />

8.2.2. Ocorrência de Cavidades Naturais<br />

No que se refere à potencialidade de ocorrência de cavidades naturais subterrâneas na AID<br />

do futuro AHE Estreito, foram pesquisadas as informações compiladas da “Base de Dados<br />

Geoespacializados do Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas<br />

(CECAV)” de forma similar à pesquisa realizada para a AII do empreendimento (ver item<br />

5.6.3 do Capítulo 5 – Área de Influência Indireta do Meio Físico - Tomo II).<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 8-18

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