12.05.2013 Views

CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

pequenos de folhedo: Gonatodes humeralis, Coleodactylus meridionalis e Colobosaura<br />

modesta (Foto 9.1.5.3-16 do Anexo V). Estas espécies podem ser apontadas como as mais<br />

sensíveis a perturbações relacionadas à retirada da vegetação florestal nativa, sendo<br />

consideradas bioindicadoras.<br />

9.1.5.3.3.3. Espécies Raras, Ameaçadas e de Valor Cinegético<br />

Nenhuma das espécies registradas na AID da AHE e LT de Estreito é considerada rara, de<br />

acordo com a bibliografia consultada. Também não foi registrada nenhuma espécie<br />

considerada ameaçada de extinção de acordo com a lista do IBAMA (2003).<br />

A única espécie de anfíbio com valor cinegético é Leptodactylus vastus (gia, rã-pimenta),<br />

utilizada como item alimentar pelas populações rurais de diferentes regiões do Brasil. É uma<br />

espécie de grande porte associada a corpos d’água lênticos permanentes ou temporários,<br />

podendo ser encontrada em altas densidades na época chuvosa. A caça a essa espécie, no<br />

entanto, é pequena e ocasional quando comparada a outros representantes da<br />

herpetofauna, como os jacarés e cágados. Ainda não foi relatada na literatura nenhuma<br />

diminuição populacional relacionada à coleta furtiva de exemplares da espécie.<br />

Não foram encontradas espécies cinegéticas de répteis na AID do empreendimento.<br />

9.1.5.3.4. Comparações e Considerações entre a Herpetofauna característica da AII e AID<br />

A AII, com 59 espécies, apresentou riqueza bem maior que AID, com 42, fato esperado pelo<br />

maior número de pontos-escuta e de procura ativa no primeiro que no segundo. Além disso,<br />

a maior parte dos registros ocasionais, isto é, aqueles realizados entre os deslocamentos da<br />

equipe entre pontos e/ou bases de apoio, foram efetuados nas estradas de acesso, em sua<br />

maioria localizada na AII dos empreendimentos.<br />

No entanto, as amostragens na AID contribuíram para o registro de duas espécies de<br />

anfíbios (Hypsiboas multifasciatus e Scinax constrictus - Foto 9.1.5.3-6 do Anexo V) e duas<br />

de répteis (as serpentes Micrurus ibiboboca e M. lemniscatus) que não foram encontradas<br />

na AII. Portanto, os registros na AII e AID da AHE e LT Estreito somaram 63 espécies da<br />

herpetofauna, sendo 29 anfíbios e 34 répteis. Todos os anfíbios encontrados pertencem à<br />

Ordem Anura (sapos, rãs e pererecas). Os répteis distribuem-se entre lagartos (16<br />

espécies), serpentes (15 espécies), anfisbenas (uma espécie) e quelônios (duas espécies).<br />

O método das armadilhas de queda foi responsável pelo registro de 246 exemplares<br />

pertencentes a 18 espécies de anfíbios anuros na primeira campanha, tanto na AII quanto<br />

na AID. Naquela ocasião, Physalaemus cuvieri (Foto 9.1.5.3-13 do Anexo V) foi a espécie<br />

de maior abundância, com 82 indivíduos ou 33,3% do número total de capturas (Gráfico<br />

9.1.5.3-5). Outras duas espécies foram consideradas abundantes (entre 23 e 52 indivíduos<br />

ou 9,3 e 21,1%), três ocorreram com abundância intermediária (entre nove e 18 indivíduos<br />

ou 3,7 e 7,3%) e oito foram pouco abundantes (entre um e quatro indivíduos ou abaixo de<br />

0,4 e 1,6%; Gráfico 9.1.5.3-5).<br />

Na segunda campanha, houve pequena diminuição da riqueza de anfíbios, sendo<br />

registradas 16 espécies através das armadilhas de queda. Provavelmente, o término da<br />

estação chuvosa, com conseqüente aumento da incidência de radiação solar sobre os<br />

corpos d’água e evaporação, foi o maior responsável por este fato. A queda na<br />

disponibilidade de ambientes úmidos utilizados para a reprodução causou a queda no<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-117

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!