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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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ciclo de vida curto, resultando em uma taxa de renovação populacional elevada, o que<br />

representa uma vantagem competitiva frente a condições de instabilidade do meio aquático,<br />

pois a comunidade se adapta mais rapidamente a mudanças nos regimes hídricos e às<br />

alterações na qualidade da água.<br />

Dentre os rotíferos, destacou-se o gênero Lecane, por contribuir com maior número de<br />

espécies (11 táxons). Segundo Miracle (2007), espécies pertencentes a esse gênero,<br />

persistem em ambientes com turbidez elevada.<br />

O grupo dos cladóceros constituiu o segundo grupo em termos de riqueza global de<br />

espécies na área de estudo, com 16 táxons (15%). Os cladóceros compreendem seres de<br />

forma e tamanho muito variados, entre 0,2 a 3,0 mm, em geral transparentes. São<br />

caracterizados pela presença de brânquias nos pés torácicos, tendo o corpo coberto por<br />

uma carapaça bivalve.<br />

Os protozoários testáceos, ou tecamebas, são seres unicelulares, eucariontes. Seu<br />

desenvolvimento está em geral condicionado à maior disponibilidade de compostos<br />

orgânicos solúveis no meio aquático, introduzidos entre outras fontes por esgotos<br />

domésticos.<br />

Na rede de amostragem estiveram representados por nove diferentes gênero: Arcella,<br />

Centropyxis, Cucurbitella, Cyclopyxis, Diflflugia, Euglypha, Lesquereusia, Suiadifflugia e<br />

Peridinium Dentre esses, Diflflugia, Centropyxis e Arcella, são reconhecidas por conterem<br />

maior número de espécies em variados tipos de ambientes tanto na comunidade<br />

planctônica, como bentônica e na região litorânea (Lansac-Tôha et al., 2004).<br />

Os ciclopóides contribuíram com 9 táxons (8%). Os ciclopóides geralmente são carnívoros,<br />

principalmente adultos, e alimentam-se de microcrustáceos, larvas de dípteros, nematódeos<br />

e oligoquetos; entretanto, ao longo do seu desenvolvimento, há grande variação no hábito<br />

alimentar.<br />

Os demais organismos inventariados na área de influência do AHE Estreito tiveram<br />

participação na riqueza relativamente baixa (>4%).<br />

Registrou-se na AID do AHE Estreito a ocorrência de espécies não planctônicas,<br />

pertencentes aos filos Arthropoda, Annelida, Mollusca e Nematoda, cujos indivíduos podem<br />

ter sido levados à coluna d’água por revolvimento dos sedimentos pela ação da correnteza,<br />

dos ventos ou chuvas sobre as margens. Dentre esses, destaca-se a classe Insecta, que<br />

contribuiu com 4 táxons.<br />

Conforme Tabela 9.2.4.3-5, a seguir, obteve-se o máximo de 58 táxons no Ponto EST L<br />

(lagoa marginal, localizada na margem direita do rio Parnaíba), e o mínimo de 1 táxon nos<br />

Pontos EST 01 (foz do riacho do Marcelo), durante a primeira campanha.<br />

A elevada riqueza zooplanctônica que caracteriza lagoas e ambientes lênticos em geral<br />

ocorre pela maior heterogeneidade de hábitats e ainda pela presença de bancos de<br />

macrófitas. Próximo a essa vegetação, a comunidade de zooplâncton é constituída por<br />

diversos rotíferos como Lecane, Filinia, Keratella e espécies ticoplanctônicas dos gêneros<br />

Testudinella e Brachionus (Bonecker et al., 1998; Lansac-Tôha et al., 2004). O intercâmbio<br />

de fauna dos rios com lagos favorece também o aumento da riqueza de zooplâncton,<br />

notadamente de rotíferos.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudo de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-191

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