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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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A segunda classe mais representativa em termos de riqueza no AHE Estreito foi<br />

Euglenophyceae (19%), sendo que o ápice de riqueza de táxonsfoi registrado na foz do rio<br />

Itaueiras (EST-05), na segunda campanha (13 táxons). Esse grupo de organismos se<br />

desenvolve preferencialmente em águas ricas em substâncias orgânicas, onde se proliferam<br />

massivamente, podendo formar florações. O fato de poderem se movimentar através dos<br />

flagelos representa uma vantagem competitiva em ambientes com elevada turbidez, e<br />

permite, ainda, que essas algas utilizem nutrientes acumulados em camadas mais<br />

profundas, retornando a seguir para a região eufótica.<br />

A classe Bacillariophyceae (diatomáceas) também teve uma contribuição relevante para a<br />

riqueza de táxons (18%). Essas algas são recobertos por carapaça de sílica, que propiciam<br />

elevadas taxas de sedimentação no leito dos rios e na vegetação submersa. Assim, a maior<br />

riqueza de diatomáceas, detectada principalmente no riacho do Marcelo, pode ser atribuída<br />

à ressuspensão desses organismos ocasionada pela turbulência do ambiente aquático<br />

durante o período chuvoso.<br />

As clorofíceas (Chlorophyceae), semelhante as diatomáceas, reuniu 18% dos táxons<br />

inventariados no AHE Estreito. Esses organismos se desenvolvem em ambientes de amplo<br />

espectro de salinidade (águas doces, salobras e salinas) e de trofia (oligotróficas a<br />

eutróficas) e comportam imensa variedade morfológica de algas, podendo ter hábitos<br />

planctônicos e/ou bentônicos Os fatores ambientais limitantes para o desenvolvimento das<br />

algas dessa classe, sobretudo as não móveis, são o clima de luz subaquático, a estabilidade<br />

da coluna d’água, perdas por sedimentação e o autossombreamento das algas.<br />

Embora em baixa riqueza específica, importante destacar a contribuição de cianobactérias<br />

(6,8%), que surgiram na maioria dos pontos analisados, em pelo menos um dos períodos<br />

amostrados, exceto na foz do rio Itaueiras (EST-05) e na lagoa Bom Jardim (EST-07). As<br />

cianobactérias são organismos procarióticos, unicelulares, filamentosos ou coloniais,<br />

estando, muitos táxons envolvidos em mucilagem, estratégia que favorece sua permanência<br />

na superfície da água para obtenção de luz. Algumas espécies apresentam heterocisto,<br />

estrutura que permite fixar o nitrogênio diretamente do ar atmosférico; assim, o fósforo é o<br />

principal fator limitante ao seu desenvolvimento.<br />

A baixa expressividade de cianobactérias no ambiente aquático analisado é um aspecto<br />

favorável, pois muitas espécies se desenvolvem em grande quantidade em ambientes<br />

lênticos, formando florações que podem resultar na liberação de toxinas às águas,<br />

comprometendo os seus usos múltiplos.<br />

As demais classes (Chrysophyceae, Dinophyceae e Cryptophyceae) foram pouco<br />

representativas na composição de táxons do fitoplâncton, com cerca de 1%.<br />

No conjunto fitoplanctônico amostrado, os valores máximos de riqueza específica foram<br />

registrados nos pontos situados em lagoas (EST-07 e EST-L), com ápice de 26 táxons na<br />

lagoa Bom Jardim (Ponto EST-07), durante a segunda campanha. Em contraste, computouse<br />

o menor valor (9 táxons), na foz do rio Itaueiras, Ponto EST-05 (primeira campanha).<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudo de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-176

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