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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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8.1.3. Estudos Sismológicos<br />

8.1.3.1. Sismicidade Natural<br />

No estudo sismológico, isto é, na verificação de tremores de terra e abalos sísmicos, froam<br />

consideradas as atividades sísmicas naturais e as induzidas. No que se refere às atividades<br />

sísmicas naturais, consideram-se as formações geológicas e as estruturas tectônicas (arcos<br />

tectônicos, lineamentos, falhas, etc.) do embasamento das mesmas e vulcanismos<br />

associados.<br />

As formações geológicas ocorrentes na área de estudo foram depositadas num período,<br />

classificado segundo sua evolução tectônica, de sinéclise, que representa uma calma<br />

tectônica. A Formação Sardinha, que representa um magmatismo intenso, resultou de<br />

vulcanismo relacionado a processos tectônicos rupturais. Mas, como tudo isto se deu entre<br />

as idades geológicas carbonífero e cretáceo Inferior, e após esta última idade iniciou-se a<br />

estabilização desta área, o que a caracteriza como uma área sem sismos de grandes<br />

magnitudes.<br />

Apesar da área de estudo estar situada em área cratônica (considerada geologicamente<br />

estável), evidencia-se a presença do arco Xambioá e do lineamento do rio Parnaíba (Figura<br />

8.1-3) que são zonas geológicas potencialmente reativáveis, em termos tectônicos. Regiões<br />

semelhantes no nordeste do Brasil com evidências de reativações de falhas geológicas em<br />

período recente são: Caruaru - PE (sismos provocados pela reativação do lineamento de<br />

Pernambuco) e João Câmara – RN. Contudo, a Universidade de Brasília, responsável pelo<br />

cadastramento de sismos ocorrentes no Brasil, até o momento não registrou nenhuma<br />

reativação de falhas geológicas na região do arco Xambioá e do lineamento rio Parnaíba.<br />

Na área onde será construído o AHE Estreito as evidências do posicionamento na borda<br />

leste da bacia do Parnaíba, está representado pelo intenso retrabalhamento que tem<br />

influência nas estruturas tectônicas do embasamento cristalino. Geograficamente a área<br />

está mais próxima do estado do Ceará, onde recentemente foram registrados no final do<br />

mês de fevereiro de 2008 eventos sísmicos na região de Sobral. Tectonicamente esta<br />

região é parte integrante de uma estrutura continental que tem nos lineamentos Sobral<br />

Pedro II e Transbrasiliano muito significativa. No entanto os argumentos divulgados na<br />

imprensa revelam dados ainda insuficientes para uma analise mais aprofundada da área.<br />

Os eventos, todavia atingiram a magnitude de 3,9 na escala Richter e são considerados<br />

microtremores por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que<br />

classificam os eventos como típicos na região nordeste e associados à acomodação de<br />

placas. Sugere-se então, um estudo mais aprofundado para dimensionar tais elementos,<br />

visto que na literatura discute-se que sismos ocorridos no Ceará devido ao registro da<br />

magnitude atingida revelam um foco associado à profundidade rasas. Nas publicações nos<br />

veículos de comunicação, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte<br />

estão monitorando os sismos, mas consideram precoce qualquer conclusão. Tal<br />

argumentação exige cautela para o estabelecimento de uma relação de influência entre o<br />

local dos sismos e a área onde será construído o AHE Estreito (Figura 8.1-4)<br />

principalmente por ser a bacia do Parnaíba uma unidade com um peso da coluna de rocha<br />

de caráter continental e, portanto muito profunda.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 8-5

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