12.05.2013 Views

CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Dentro da família Characidae, algumas espécies da sub-família Serrasalminae são<br />

capazes de executar migrações de curta distância (como as do gênero Metynnis, que<br />

ocorre na bacia do rio Parnaíba, mas não em todas as estações). Serrasalmus e<br />

Pygocentrus preferem áreas de remanso, com vegetação marginal, macrófitas e igapós<br />

(floresta alagável). A baixa circulação de água favorece a época da desova, onde os<br />

machos protegem a prole. Sendo assim, essas espécies também não devem ser<br />

afetados pelas mudanças que o ambiente sofrerá.<br />

Espécies sem importância pesqueira, além de ocorrerem na área de influência direta do<br />

reservatório, também ocorrem em tributários onde não haverá influência alguma. Sendo<br />

assim, o impacto ambiental do empreendimento para essas espécies, não para as<br />

populações, também será baixo. Considerando isso, medidas devem ser adotadas para<br />

a preservação dessas espécies na outras áreas. Espécies ainda não identificadas não<br />

representam grande importância na pesca local.<br />

Além disso, cabe ressaltar ainda as seguintes ocorrências, não registradas<br />

anteriormente para a bacia: Ancistrus sp1, Ancistrus sp2., Bryconops cf. affinis – espécie<br />

do gênero Bryconops possivelmente representando uma espécie não descrita --<br />

Imparfinnis sp., Poptella compressa e Psellogrammus kennedyi. Ainda há um grande<br />

número de espécies novas a serem descritas para a bacia e acredita-se que haja um<br />

aumento no número de espécies endêmicas. Novas campanhas de coleta são<br />

necessárias para uma amostragem mais completa e um trabalho de taxonomia bem<br />

elaborado.<br />

Nenhuma das espécies nativas identificadas até o momento está enquadrada em<br />

qualquer categoria ameaçada, segundo critérios da IUCN ou que constem da Lista<br />

Nacional das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção do IBAMA/MMA.<br />

Apesar de nenhuma espécie estar ameaçada de extinção, Aspidoras cf. raimundi,<br />

Hassar affinis, Brachychalcinus parnaibae, Schizodon cf. rostratus, Hemiodus<br />

parnaguaee, e Potamotrygon signata são espécies endêmicas e podem sofrer com as<br />

mudanças de habitat.<br />

Nota-se que os dados de revisão de bibliografia e de coleta possuem poucas espécies<br />

que coincidem, ou seja, a identificação das espécies de peixes na região mostra-se<br />

ainda confusa e o número de espécies deve ser menor que o apresentado na tabela<br />

9.3.1-7. Isto fica claro com a presença de espécies citadas que não constam no<br />

“Checklist of Freshwater Fishes of South and Central America” (Reis et al., 2003), um<br />

trabalho amplo e de elevada importância no que diz respeito aos nomes científicos das<br />

espécies que deveriam ser empregadas como válidas. Para a construção da tabela e<br />

somatória no número de espécies da bacia, espécies que apresentavam problemas de<br />

sinonímia foram corrigidas, evitando uma contagem redundante. Mesmo assim,<br />

problemas persistem e esse número de 162 espécies provavelmente é artificialmente<br />

elevado.<br />

A Tabela 9.3.1-7 deixa clara a dificuldade e a falta de informações levantada até o<br />

momento para a ictiofauna da bacia do Parnaíba.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-280

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!