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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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seca de relevo rebaixado na confluência do rio Gurguéia com o rio Parnaíba. Esta região<br />

apresenta menor densidade de drenagem, como também vários rios temporários. Nos<br />

fundos de vale aplanaidos e ressecados, a vegetação também reflete condições mais<br />

áridas. Há principalmente carnaúbas, com poucos babaçus e praticamente nenhum buritizal.<br />

Tanto a sul como a norte de Floriano, o vale do Parnaíba torna-se mais encaixado entre as<br />

chapadas, a rede de drenagem mais densa e perene e os fundos de vale apresentam<br />

buritizais, extensos babaçuais e florestas de galeria mais características.<br />

Na área de influência do AHE propriamente dita as espécies de répteis e anfíbios mais<br />

abundantes ocorrem tanto nas fisionomias vegetais de savana como de Floresta, e também<br />

nas áreas de influência direta e indireta. Foram registradas onze espécies de anfíbios e 11<br />

de réteis nos dois tipos de fisionomia amostrados, demonstrando grande plasticidade para a<br />

ocupação de habitats.<br />

Porém, há grandes variações de riqueza e abundância entre os tipos de vegetação e entre a<br />

proximidade do rio. As áreas de influência direta apresentaram abundância praticamente<br />

igual às áreas de influência indiretas (564 e 573 exemplares, respectivamente) e menor<br />

riqueza (27 contra 36 espécies, respectivamente) (Tabela 9.1.5.3-5).<br />

O coeficiente de semelhança biogeográfica (CSB; Duelman, 1990) foi calculado para<br />

verificar a similaridade de espécies entre os tratamentos, segundo a fórmula CSB=2C/(N1 +<br />

N2), onde C é o número de espécies comuns entre os ambientes comparados, N1 e N2 são o<br />

número de espécies presentes em cada um dos tratamentos. Este coeficiente varia de 0<br />

(sem similaridade) a 1 (similaridade total ou 100%).<br />

O maior coeficiente de semelhança biogeográfica ocorreu entre as Matas AID e as Savanas<br />

da AII, com índice igual a 0,65 (Tabela 9.1.5.3-6). As Matas da AII também apresentaram<br />

elevada semelhança com as Savanas da AII, com coeficiente igual a 0,63, mesmo valor<br />

encontrado para a comparação entre as Savanas AII e AID (Tabela 9.1.5.3-6). Os menores<br />

CSB foram verificados entre as Matas AII e AID e as Savanas AID (0,59 e 0,60,<br />

respectivamente). No entanto, observa-se que os valores de todas as comparações<br />

realizadas, apesar de não apontarem para similaridades muito altas entre os ambientes<br />

amostrados, são muito próximos entre si, o que poderia indicar grande homogeneidade na<br />

composição da herpetofauna das áreas de influência e tipos de fisionomia (Tabela 9.1.5.3-<br />

6).<br />

É importante ressaltar dois fatos que podem ter contribuído para números tão similares entre<br />

os tipos de ambientes amostrados. Primeiro, foi amostrado apenas um ponto na Mata AID,<br />

de forma que a riqueza desta fisionomia nesta área de influência provavelmente foi<br />

subamostrada e isto influenciou os resultados da análise de semelhança biogeográfica.<br />

Basta observar que as Matas da AII apresentaram 23 espécies, número significativamente<br />

maior que a mesma fisionomia na AID. Dessa forma, poderia se considerar que o resultado<br />

dessa análise está mascarado pelo esforço amostral nos ambientes florestais da AID, sendo<br />

prematuro tecer qualquer tipo de comentário acerca da similaridade na composição de<br />

espécies entre os quatro tipos de ambiente.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-122

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