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CAPA EIA PARNAIBA-ESTREITO.cdr - Ibama

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Isto é um problema, pois, a poluição, assoreamento, eutrofização, empreendimentos para o<br />

controle de fluxo dos rios (reservatórios), pesca e introdução de espécies colocam em risco<br />

a ictiofauna em diversas bacias do país (Agostinho et al., 2005).<br />

Os reservatórios interferem de uma forma drástica e efetiva os rios em que são construídos<br />

(Tundisi, 1999), além disso, causam grandes modificações à jusante da barragem<br />

provocando mudanças na hidrologia, impedindo as rotas normais dos grandes peixes<br />

migradores que necessitem de dinâmica fluvial para a reprodução (Paiva, 1983; Agostinho<br />

et al., 1993; Sanches, 2002a). O controle da vazão pelas barragens, também afetam o<br />

regime de cheias, que é essencial para manter a integridade das planícies de inundação e<br />

manutenção da biodiversidade regional (Agostinho et al., 2001). Essas alterações no<br />

ambiente causadas por barramentos provocam mudanças nas comunidades de espécies de<br />

peixes nativos, provocando um declínio na diversidade (Gehrke & Harris, 2001).<br />

Entre as influências sobre a comunidade íctiica estão: (i) efeitos sobre a reprodução –<br />

removendo condições apropriadas para maturação gonadal, migração e desova; (ii) efeitos<br />

sobre o recrutamento – depleção do ambiente alterando as condições necessárias para o<br />

desenvolvimento de ovos e larvas até juvenil (Humphries & Lae, 2000). Além disso, se o<br />

ambiente não apresentar condições apropriadas para desova, os peixes podem não<br />

completar a desova devido ao “stress” que esse impacto provoca (Jobling, 1995).<br />

As informações sobre a comunidade ictíica não podem ser consideras adequadas sem um<br />

bom conhecimento da história natural e das fases iniciais do ciclo de vida. Ecologicamente,<br />

as larvas e adultos são muitas vezes totalmente diferentes e pode ser considerado ecoespécies,<br />

apresentando peculiaridades quanto ao tipo de habitat, alimentação e<br />

comportamento (LEIS & TRNSKI, 1989). Estudos sobre ovos e larvas de peixes de água<br />

doce são escassas, assim como sobre a importância dos canais de grandes rios na sua<br />

dispersão. No Brasil, essa importância é ressaltada por ARAÚJO-LIMA et al. (1994) e<br />

OLIVEIRA (1996), ambos na região amazônica e JIMENEZ-SEGURA (2000), no médio rio<br />

São Francisco.<br />

Para entender melhor como isso ocorre na bacia do rio Parnaíba, foram efetuadas coletas<br />

nas diferentes estações selecionadas para amostragem de ictioplâncton na Área de<br />

Influência Direta do AHE Estreito (Tabela 9.3.1-9) em conformidade com o Plano de<br />

Trabalho aprovado pelo IBAMA. Para um maior conhecimento das estações de amostragens<br />

será apresentada uma breve descrição das estações, cuja localização está representada no<br />

no capítulo 9.2. Ecossistemas Aquáticos (Área de Influência Direta – AID) – Qualidade da<br />

Água e Limnologia, na Figura 9.2.2-1.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>ESTREITO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume II – Diagnóstico Ambiental 9-290

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