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Cadernos do CHDD Nº 01 - Funag

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38<br />

CADERNOS DO <strong>CHDD</strong><br />

A QUESTÃO DO ACRE E O TRATADO COM A BOLÍVIA III*<br />

KENT<br />

Reservamos para hoje outro trecho <strong>do</strong> Correio da Manhã, trecho<br />

duplamente interessante, embora para o nosso propósito apenas o<br />

consideremos agora por um só <strong>do</strong>s seus <strong>do</strong>is aspectos.<br />

Em 28 de junho de 1902 dizia essa folha, pela pena brilhante de<br />

Manoel Vitorino Pereira:<br />

“Referin<strong>do</strong>-se à revolução <strong>do</strong> Acre, afirmam as confidências <strong>do</strong><br />

Ministro (das Relações Exteriores) a um diplomata, que ela terminou<br />

quan<strong>do</strong> menos nos convinha, porque, conquanto o Governo<br />

Federal fosse inteiramente alheio a essa revolução, a resolução<br />

que por conta própria tomaram os oficiais da flotilha era<br />

inteiramente inoportuna, por isso que só em virtude da revolução<br />

consentiu o Governo da Bolívia NA PERMUTA DE TERRITÓRIOS,<br />

já aceita pelo seu Ministro.”<br />

“... Parece incrível que, como dizem as mesmas confissões,<br />

os oficiais da flotilha, que só havia si<strong>do</strong> enviada pelo Governo ao<br />

Acre para o fim de proteger o livre trânsito <strong>do</strong>s vapores mercantes<br />

brasileiros, tomassem a si a atribuição de pacificar o Acre, sem<br />

que para isso recebessem ordens ou instruções. Da<strong>do</strong>, porém,<br />

que assim fosse, o que aliás o Governo não procurou apurar,<br />

responsabilizan<strong>do</strong> os que excederam a sua missão, nada impedia<br />

que as negociações continuassem NO TERRENO EM QUE<br />

ESTAVAM COLOCADAS, tanto mais quanto os revolucionários<br />

entregaram o território ao Governo brasileiro, representa<strong>do</strong> pela<br />

sua força armada, e fizeram lavrar dessa entrega uma ata, na<br />

qual confiavam aos seus pacifica<strong>do</strong>res a restituição desse pedaço<br />

<strong>do</strong> solo pátrio, que eles haviam civiliza<strong>do</strong> com a sua iniciativa e o<br />

seu trabalho, e que haviam defendi<strong>do</strong> com o seu esforço e com o<br />

seu sangue...”<br />

Fica assim perfeitamente estabeleci<strong>do</strong>, pelas citações feitas no<br />

nosso anterior artigo e pelo trecho acima transcrito:<br />

* Publica<strong>do</strong> no Jornal <strong>do</strong> Commercio. Rio de Janeiro, 21 dez. 1903. Seção: Publicações a Pedi<strong>do</strong>.

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