Simone Canabarro Palezi - UFSM
Simone Canabarro Palezi - UFSM
Simone Canabarro Palezi - UFSM
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
caranguejos e camarões. Vive em locais com fundo arenoso, normalmente em cardumes não<br />
muito numerosos (LEVY et al, 1998).<br />
No ciclo de vida desta espécie os indivíduos jovens migram para áreas estuarianas e os<br />
adultos alcançam o litoral para reproduzir-se. O tamanho da população de corvina varia de um<br />
ano para outro em conseqüência da migração, a qual também ocorre devido à disponibilidade<br />
de alimento (CONTRERAS-GUZMÁN, 1994).<br />
3.3 Composição Química do Pescado<br />
A carne do pescado constitui-se de tecido muscular, tecido conectivo e gordura. A<br />
composição química da carne de pescado depende de muitas variáveis, entre as quais<br />
podemos destacar a espécie, idade, estado fisiológico, época e região de captura. O<br />
conhecimento da composição, em especial a umidade e o conteúdo lipídico, é importante para<br />
determinar o rendimento, para a obtenção de produtos como concentrados protéicos de<br />
pescado (CPP), farinha de pescado e outros produtos de pescado, sejam para consumo direto<br />
ou indireto (STANSBY, 1968).<br />
O conteúdo de gordura do pescado sofre variações muito significativas, dependendo<br />
da época do ano, da dieta, da temperatura da água, da salinidade, da espécie, do sexo e da<br />
parte do corpo analisada. Os resultados referentes ao teor de lipídios da corvina demonstram<br />
que esta espécie apresenta baixos níveis de gordura, aproximadamente 1% (MACCHI, 1997).<br />
Para o processamento do pescado deve-se considerar as diferenças bioquímicas<br />
existentes entre o músculo branco (ordinário) e escuro (sanguíneo), a composição química e a<br />
fragilidade na textura entre as diferentes espécies. Entretanto, esta diversidade de espécies<br />
proporciona características de sabor distintas, passando a ser uma grande vantagem, pois as<br />
diferenças em sabor entre elas podem proporcionar um vasto numero de produtos elaborados<br />
(OGAWA e MAIA, 1999).<br />
3.4 Proteínas do pescado<br />
A maioria dos componentes nitrogenados do pescado faz parte das proteínas.<br />
Entretanto, o tecido muscular contém igualmente compostos nitrogenados não-protéicos.<br />
Dependendo de sua solubilidade, as proteínas podem ser divididas em<br />
sarcoplasmáticas, miofibrilares e insolúveis ou do estroma. Estas duas últimas têm menos<br />
interesse no pescado do que na carne, destacando-se, nos dois casos, o colágeno e a elastina.<br />
19