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Simone Canabarro Palezi - UFSM

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O tecido conectivo do pescado é muito mais débil e fácil de romper do que o dos mamíferos,<br />

degradando-se mais rapidamente e a temperaturas mais baixas (ORDÓNEZ, 2005).<br />

O tecido muscular do pescado contém em geral, maior porção de proteínas<br />

miofibrilares. Durante os processos como congelamento e estocagem podem favorecer a<br />

desnaturação de proteínas, oxidação e hidrólise de lipídios, interações lipídio-proteína e<br />

interações proteína-carboidrato. As consequências podem ser: alterações de textura, sabor,<br />

palatabilidade, redução da biodisponibilidade de aminoácidos essenciais e destruição de<br />

vitaminas (SGARBIERI, 1996).<br />

As proteínas musculares do pescado apresentam a vantagem de possuírem elevado<br />

valor biológico, decorrente de alta sensibilidade à hidrólise e composição balanceada de<br />

aminoácidos, particularmente daqueles que costumam ser limitantes em proteínas de origem<br />

vegetal, como a metionina e a cisteína (MARQUEZ et al, 2004).<br />

3.4.1. Proteínas Sarcoplasmáticas<br />

As proteínas do sarcoplasma do músculo do pescado representam em torno de 20 a<br />

30% do total de proteínas e, de maneira geral, suas características são similar ás da carne dos<br />

animais de abate. Assim são solúveis em água ou em soluções salinas fracas, e sua<br />

importância reside em que a maioria tem atividade enzimática. São formadas por uma série de<br />

enzimas proteolíticas que intervêm nas reações bioquímicas de post-mortem, influenciando<br />

desta forma o frescor dos produtos pesqueiros, bem como nas propriedades de formação de<br />

gel das proteínas miofibrilares. Tais enzimas são estáveis ao calor e propiciam a quebra das<br />

proteínas miofibrilares inibindo o desenvolvimento da cadeia tridimensional responsável pela<br />

geleificação das proteínas. Tal interferência está relacionada com a porcentagem de proteínas<br />

sarcoplasmaticas coaguláveis no músculo (MORRISEY et al, 1993; SALAS, 2001).<br />

3.4.2. Proteínas Miofibrilares<br />

Este grupo de proteínas ocupa lugar de grande importância do ponto de vista nutritivo<br />

e também tecnológico. Há clara evidência de que as mudanças que alteram a textura do<br />

pescado são os resultados direto das mudanças que ocorrem nas proteínas miofibrilares no<br />

pescado, as proporções de proteínas miofibrilares em termos de proteínas musculares<br />

constituem 66 a 77% do total, tendo um papel importante na coagulação e formação de gel<br />

quando se processa o músculo do pescado (OGAWA e MAIA, 1999). Neste grupo as<br />

principais proteínas são miosinas, actina e actomiosina (AMANO, 1995). A propriedade<br />

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