História do Brasil
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Regência Trina Permanente:<br />
Reunin<strong>do</strong> deputa<strong>do</strong>s e sena<strong>do</strong>res de to<strong>do</strong> o país a<br />
Assembleia Geral elegeu a Regência Trina Permanente,<br />
no dia 17 de junho de 1831.<br />
A nova regência era composta pelos deputa<strong>do</strong>s João<br />
Bráulio Muniz (político <strong>do</strong> Nordeste), Jose da Costa<br />
Carvalho (político <strong>do</strong> Sul) e pelo brigadeiro Francisco de<br />
Lima e Silva.<br />
De mo<strong>do</strong> geral, essa regência representava o grupo <strong>do</strong>s<br />
modera<strong>do</strong>s. A ela se opunham os liberais exalta<strong>do</strong>s e os<br />
restaura<strong>do</strong>res.<br />
Criação da guarda nacional<br />
Uma das figuras de maior destaque da Regência trina<br />
Permanente foi o padre Diogo Antonio Feijó, nomea<strong>do</strong><br />
para o cargo de Ministro da Justiça. Sua principal<br />
ocupação era garantir a ordem pública, acaban<strong>do</strong> com as<br />
agitações populares e os levantes militares, que<br />
ameaçavam os interesses <strong>do</strong>s modera<strong>do</strong>s.<br />
Para manter a ordem, o governo precisava de urna força<br />
militar fiel o Exército não era uma instituição muito<br />
confiável, pois contava com grande numero de oficiais<br />
portugueses, além de uma tropa composta de solda<strong>do</strong>s<br />
pobres, mal remunera<strong>do</strong>s e propensos a aliarem se as<br />
rebeliões urbanas.<br />
A solução proposta foi à criação da Guarda Nacional<br />
instituída em 18 de agosto de 1831. A Guarda Nacional<br />
foi transformada em instrumento conserva<strong>do</strong>r destina<strong>do</strong><br />
a controlar as classes populares e que participavam das<br />
revoltas regenciais. O governo concedia aos fazendeiros<br />
o titulo de coronel, posto de coman<strong>do</strong> mais alto da<br />
corporação, e Os Coronéis, por sua vez, indicavam seus<br />
homens de confiança para compor a Guarda.<br />
Assim, a principal função da Guarda Nacional era<br />
defender a ordem pública e a propriedade, combater as<br />
revoltas populares e manter a escravidão.<br />
A Guarda Nacional só foi extinta bem depois da<br />
proclamação da república em 1922.<br />
JUSTIÇA BRASILEIRA<br />
A Constituição de 1824 aboliu algumas penas que<br />
vigoravam no país até então, como a tortura, a mutilação<br />
e a marca de ferro. Porém preservou as penas de morte e<br />
de açoite.<br />
Anos depois, cogitou-se em acabar coma pena de morte.<br />
Mas muitos deputa<strong>do</strong>s decidiram mantê-la, pois<br />
acreditavam na suo eficiência pera intimidar a população<br />
miserável.<br />
Quem controlava de foto a justiça no <strong>Brasil</strong> eram os<br />
grandes fazendeiros que, acostuma<strong>do</strong>s a mondar<br />
impunham suas próprias leis e as executavam. Detinham,<br />
portanto poderes judiciais e policiais.<br />
Reforma na constituição <strong>do</strong> Império<br />
Em agosto de 1834, os políticos modera<strong>do</strong>s promoveram<br />
uma reforma na Constituição <strong>do</strong> Império, conhecida<br />
como Ato Adicional porque adicional porque ele<br />
adicionou artigos constitucionais.<br />
O Ato Adicional era uma tentativa de harmonizar as<br />
principais forças políticas que atuavam no País.<br />
• De acor<strong>do</strong> com o Ato Adicional de 1834:<br />
• O poder modera<strong>do</strong>r não poderia ser 1 exerci<strong>do</strong> durante<br />
a regência;<br />
• A regência seria exercida por uma única pessoa, com<br />
mandato de quatro anos.<br />
• extinguia-se o Conselho de Esta<strong>do</strong>, órgão que reunia os<br />
políticos mais tradicionais e conserva<strong>do</strong>res;<br />
• Criavam-se as Assembleias Legislativas das províncias,<br />
com poderes para fazer leis e lançar impostos locais e o<br />
direito de nomear e demitir funcionários públicos.<br />
A criação das Assembleias Legislativas oferecia maior<br />
liberdade administrativa as Províncias. Contu<strong>do</strong>, o<br />
<strong>Brasil</strong> Continuava sen<strong>do</strong> uma monarquia bastante<br />
centralizada, já que os presidentes das províncias eram<br />
nomea<strong>do</strong>s pelo governo da capital <strong>do</strong> Império. Apesar<br />
disso, o Ato Adicional foi considera<strong>do</strong> muito importante<br />
marco <strong>do</strong> avanço liberal durante o perío<strong>do</strong> regencial.<br />
Alguns conserva<strong>do</strong>res o chamavam de ‘código da<br />
anarquia’, pois concedia maior autonomia às províncias.<br />
Regência Una de Feijó<br />
Obedecen<strong>do</strong> ao Ato Adicional, novas eleições foram<br />
realizadas para a escolha Regência Una. O vence<strong>do</strong>r<br />
dessas eleições foi o padre Diogo Antônio Feijó que era<br />
liga<strong>do</strong> à ala progressista <strong>do</strong>s modera<strong>do</strong>s. Seu adversário,<br />
o deputa<strong>do</strong> pernambucano Francisco Holanda<br />
Cavalcanti, representava a ala regressista.<br />
Depois de eleito, o regente Feijó sofreu grande pressão<br />
<strong>do</strong>s regressistas, que o acusavam de no conseguir impor<br />
a ordem no país. Durante seu governo, explodiram<br />
rebeliões, como a Cabanagem, no Path, e a Farroupilha,<br />
no Rio Grande <strong>do</strong> Sul.<br />
Quan<strong>do</strong> ainda faltavam dais anos para terminar seu<br />
mandato, Feijó, com a saúde abalada, decidiu renunciar.<br />
Provisoriamente, a regência foi entregue a Pedro de<br />
Araújo Lima, sena<strong>do</strong>r pernambucano que representava<br />
Os regressistas.<br />
Realizaram se novas eleições e o nome de Araújo Lima<br />
foi confirmação como regente.<br />
A renúncia <strong>do</strong> Feijó e a vitória <strong>do</strong> Araújo Lima<br />
significaram o triunfo <strong>do</strong>s regressistas e também um