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do poeta inHuiram, é certo, sobre ene, deixando-lhe<br />
<strong>no</strong> espirito alguma moldura do abando<strong>no</strong> e da aspereza<br />
j mas os proventos da civilisação, o commercio<br />
constante com os livros allemães, neutralisadas as<br />
morbidas influencias do meio que o circumda, o fazem<br />
na Escada, entre semi-barbaros ca~ponios, um enthusiasta<br />
consciente da cultura tedesca1<br />
II. O <strong>Brasil</strong> é um paiz de legistas; a formalistica<br />
<strong>no</strong>s consome j todas as <strong>no</strong>ssas questões se resolvem<br />
pela praxe. Todos os modos de viver, até os intellectuaes,<br />
estão aqui de antemão determinados j seguir<br />
a ,'otina, que é o mais seguro, é maxima que <strong>no</strong>ssos<br />
pais cuidadosamente <strong>no</strong>s ensinam! ., O espirito publiêo,<br />
de mãos dadas com o poder, pune com o mais duro<br />
abando<strong>no</strong> qúalquer tentamen de levantamento; os mais<br />
empenhados <strong>no</strong>'castigo são os chamados littemtos.<br />
Tidos e havidos, na linguagem forense, pelos guias<br />
seguros do pensamento brasileiro, são os mais tenazes<br />
defensores da rota-batida. Um systema completo de<br />
captiveiro intellectual, tendo a sua base na primeira<br />
educação e passando pela escola e pelas Academias,<br />
garante o triste resultado. O peior é que a liberdade<br />
de pensar parece ter guarida <strong>no</strong> seio de <strong>no</strong>ssas leis,<br />
e tem-na de certo até um ponto; o vicio radical, o<br />
germen da fatal molestia vem de longe, está enraizado<br />
<strong>no</strong> amago de <strong>no</strong>ssos habitos . .. Todas as manifestações<br />
da vida espiritual brasileira, todos aquelles santos impulsos<br />
porque as nações procura'rn rE'alçar, são vasados<br />
em moldes carunchosos j tudo tem um certo ar de<br />
senilidade. O facto é, porém, <strong>no</strong> todo inconsciente;<br />
o povo brasileiro possue tambem seus desejos e suas<br />
esperanças de reformas e de ve~'dadeiro progresso;<br />
mas são completas velleidades.<br />
É inexacto dizer-se que, em regra, <strong>no</strong>s suppomos<br />
grandes. Já agora é moda proclamar o contrario, e<br />
nada ainda temos conseguido de melhor; <strong>no</strong>ssa pequenez<br />
é uma condição imm:mente á <strong>no</strong>ssa propria vida. Um<br />
empenho, que julgamos serio e que <strong>no</strong>s ab OlTe, é'o<br />
maior factor de <strong>no</strong>s a depreciação: é a mania da<br />
le,qalida de , e ç1e tudo o que com eUa se parece. A