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possa ser adquirido!! A philologia e a critica religiosa<br />
não existem para esta região da America. Os <strong>no</strong>ssos<br />
letrados DOesse dominio do espirito não passarão, por<br />
muit.os an<strong>no</strong>s de dilettanteso É o que se dá tambem<br />
na esphera da alta especulação philosophica, por lhes<br />
faltar, quasi sempre, a posse das sciencias mathema·<br />
ticas, physicas e naturaeso<br />
D'est'arte. um homem como o illustre critico ser·<br />
gipa<strong>no</strong>, com toda a sêde de saber de que é dotado,<br />
acha-se na grande difficuldade de pisar segura e re·<br />
solutamente <strong>no</strong> terre<strong>no</strong> da sciencia. Esta em seus<br />
mais altos ramos é de uma acquisição impossivel para<br />
nós, para todos aquelles que a não podem ir buscar<br />
na Europa ou <strong>no</strong>s Estados Unidoso Quanto distamos<br />
até~ da India ingleza e . o . o da Australia!! . .. Mas<br />
os resultados. de uma tão grande a<strong>no</strong>malia não se<br />
fazem muito esperar. Ainda ha pouco, atravessamos<br />
a phase principal de uma questão religiosa. Os discursos<br />
do parlamento, ao lado das publicações do<br />
jornalismo politico, são um armazem curioso para<br />
quem quizer apreciar o deplorayel estado de <strong>no</strong>ssa<br />
cultura <strong>no</strong> que é attingente aos debates d'aquella<br />
natureza. Os trabalhos dos Baur, dos Strauss, dos<br />
K<strong>no</strong>bel, dos de Wette, dos Ewald, dos Castren, dos<br />
Lassen, dos Müner, dos Stanislas-Julien, dos BUl"Ilouf<br />
são_ como <strong>no</strong>n avenus para este paiz ...<br />
Os orthodoxos de cá ainda se decoram com as<br />
armaduras de Chateaubriand e Balmes, de Ventura e<br />
Auguste Nicolas, e os suppostos adiantados não lobri·<br />
gam alem da Origem dos Cultos de Depuis e das<br />
Ruínas de Volney ...<br />
Assim, nada mais apropriado, para <strong>no</strong>s caractefisar,<br />
do que os escriptos de Ganganel1i, onde o vol·<br />
tairianismo esteril debate-se com a debilidade da cri~<br />
tira, levando-lhe a victoria. Entretanto, para mais de<br />
um espirito de compatriota, elles des.vendaram largos<br />
e <strong>no</strong>vos horisontes á exegese critica "brasileira . o o .<br />
Esta, evidentemente, acha-se ainda <strong>no</strong> ponto de vista<br />
da Deducção Chn;'I101ogica do Padre Antonio Pereira, e<br />
de sua P1'efação á traducção da Vulgata.