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Jouffroy, tenhl!. tempo e disposição para engolphar-se<br />
em qualquer dor.e corrente do mundo y1sivel. Sem<br />
ironia, apresso-me em declaraI-o: o espeetar.ulo de um<br />
hQmem que empallidece de viver sempré atufado <strong>no</strong><br />
antro escuro de seu proprio pensamento, respirando<br />
apenas por minutos o grande ar da vida commum, tem<br />
de certo alguma cousa de tocante. Não é uma vocação,<br />
que me pareça invejavel; é um <strong>no</strong>bre esforço,<br />
que se pode adm;rar , juntando á admiração sincera<br />
pena de não ,êl-o empregado em materia de mór<br />
proveito." *) -<br />
Esta longa citação foi feita logo com o intento<br />
de deixar'ver algumas das <strong>no</strong>taveis ideias do escriptor.<br />
É pelo conteúdo d'ellas, e sem que devamos jurar em<br />
todas, qUE; devo de preferencia definH-o..<br />
Antes de tudo, advem ponderar que ene não foi<br />
sempre, qual hoje se mostra, um aproveitado discipulo<br />
da sciencia livre. que vemos répresentada <strong>no</strong> seculo<br />
por Comte, Haeckel e companheiros. Curvou-se tambem<br />
ao extenuado espiritualismo ft"ancez <strong>no</strong>s seus primeiros<br />
escriptos. Teve por iniciadores em philosopbia a Biran.<br />
Cousin, Joufi'roy, Simon, e ao escolastieo e esteril<br />
hespanhol Balmes. Esta. phase primordial foi felizmente<br />
bem pouco duradora. Rarissimos artigos, puhlicados<br />
em jornaes, são os documentos d'aquelle estadio; o<br />
auctor foi o primeiro a desprezaI-os, jogando-os para<br />
fóra da J'eproducção de seus escriptos. *"')<br />
*) Eitsaios e Estudos, pago 31,<br />
**) Eram, porém, artigos inspirados )?or um espiritualismo<br />
he:terodoxo, cheio de vistas tomadas ás sClencias, e influenciado<br />
pelo po8'itivismo, justamente á. maneira de Vacherot. Os principaes<br />
silo: A {O/'ça lIlowiz, á proposito de Ad. Garn;erj Os<br />
(actos do espi1'ito huma<strong>no</strong>, sobre a obra do Siir. de Magalhães j<br />
A religião nat'ltral, sobre o livro de Simon, e o A/lrazo da<br />
Philosopltia eltt're nós, a proposito de um dos livros do Dr, José<br />
S. de Souza. No artigo Moysés e Laplace já S6 revelava secbrio<br />
do monismo scientifioo, em 1870; e influe<strong>no</strong>iado pelas<br />
<strong>no</strong>bres ideias da critioa religiosa <strong>no</strong>s escriptos: Notas sobre a<br />
Critica Religiosa, e A Relig'iào perante a Psychologia, publicados<br />
<strong>no</strong> America<strong>no</strong>, de Pernambuco, <strong>no</strong> mesmo an<strong>no</strong>.
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