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dous. N'esta ultima idade já devia ter ,elie attingido,<br />
desde muito, o maximo gráo de tenção e profundesa<br />
de seu pensar. D'ahi por diante só fez decahir.<br />
Devemol-o julgar até E'sse tempo, e, quanto ao mais,<br />
deixar o velho pregador dormir tranquillo sobre os<br />
louros de sua facundia. O seu livro foi meditado e<br />
escripto <strong>no</strong> periodo indicado de progresso e entra,<br />
por tanto, <strong>no</strong> quadro da analyse. Este brasileiro tem<br />
sido apregoado, em seu paiz, um homem de genio.<br />
Tal juizo é simplemente um absurdo; a sciencia de<br />
hoje não admitte mais esta cathegoria de indivíduos<br />
<strong>no</strong> velho sentidd que ligava-se áquelle predicado. O<br />
genio era uma entidnde humana bastante parecida com<br />
os genios da poesia e da fabu1a.; desprendido da realidade,<br />
e das circumstancias exteriores, escapava â<br />
pressão do meio physico e social; em um espi1'ito a<br />
mover-se livre n'um mundo á parte. Tinha o condão<br />
de maravilhar-<strong>no</strong>s de lá com as suas revelações.<br />
Estas ideias caducaram; rimo-<strong>no</strong>s hoje d'ellas; a humanidade<br />
procede por evolttção; tudo em sua marcha<br />
se acha concatenado e sujeito á lei do desdobramento.<br />
Lye11 refutou a theoria revolucionaria em geologia,<br />
Darwin a baniu da biologia e Comte da historia.<br />
O genio, <strong>no</strong> velho sentido J<br />
desapp.areceu como uma<br />
chimera; todavia, ainda é co tume assim appellidar<br />
á intelligencia ultra-fecunda, capaz de elevar-se ácima<br />
dos prejuizos correntes e abrir uma éra <strong>no</strong>va e <strong>no</strong>vos<br />
desti<strong>no</strong>s para a humanidade. O distincto francisca<strong>no</strong><br />
distava immenso d'essa a,ltura; prova-o o seu desditoso<br />
Gompendio, onde elle manifesta-se escravo submisso<br />
das vulgaridades e ridicularias da philosophia de seu<br />
tempo entre nós. Digo entre nós, por já tel' e11a,<br />
então, na Europa produzido alguns d'aquelles grandes<br />
monumentos que são a gloria do espirito huma<strong>no</strong><br />
n'este seculo. Já Kant, Hegel, Schopenhauer, para<br />
não fanar de outros, n'Allemanba; Hamilton na Inglaterra;<br />
Quetelet e o proprio Comte na França; Romag<strong>no</strong>si<br />
na Italia ... haviam revirado o terre<strong>no</strong> das<br />
velha:; ideias em todos os sentidos , é entm acompanhados<br />
por uma pleiade brilhante de jovens escrip-