A Filosofia no Brasil Sílvio Romero

Recommendations

Info

20 - muito menos capaz de fazer-nos conhecer o nosso corpo do que aquella, porque, em ultima analyse, sendo ambas rezultado de sensações que sentimos como nossas proprias, e em nosso proprio corpo, o jôgo dos orgãos internos é, em sua quasi totalidade, inconsciente, como já o disse. Como, pois, pretender que a interna é capaz de excitar em nós tal conhecimento e a outra não? Qual a l"azão d'isto? Não a vejo. .As sensações, sob o dominio da consciencia, tçm um igual valor no organisrilO são, e, si alguma differença deve aqui ser feita, ha de provir em desfavor da opinião do nosso auetor. De certo, feito o balanço, as localisações inte?-nas são menos aptas para fornecer o conhecimento de que tractamos do que as outras, visto que a sua energia é mais vaga e quasi indistincta. Eduardo França esqueceu-se um pouco de sua physiologia; Küs vem domonsfral-Q. Depois de dividir a~ sensações geraes em localisadas e não localisadas, diz-nos o distincto professor de Strasburgo: "Les sensations générale.s mm localisées (sentiments 011 sensations internes) sont trés intér~ssantes à etudier pour le médecin: l'une des. Í)lus curieuses au point de vue de ses modifications pathologiques est le sentiment de not1'e existence; cette sensatioll passe d'ordinaire inaperçue, parce qu'elle est habituelle et constante; c'est pour la même raison que le meunier ne perçoit pas normalemellt le bruit de son moulin." *) . O sentimento, pois, de nossa propria existencia, aos olhos da physiologia, é uma sensação geral nãolocalisada, veja-se bem, e nós sentimo-nos viver como corpo. .A espiritualidade é uma abstracção, oriunda de um ensino tradicional, que se não firma nos factos. Ella vai ficando decrepita e esquecida j ca1'O f'ossilis, na phrase dos naturalistas. .A bem pouco se reduz, iliante do physiologo notavel que ficou citado, a localisaçã9 interna tão preconisada pelo professor da faculdade de medicina da *) CO'll!I'S de Physiologie, pnbliépar 1& Dr. Mathias Duval, deUldême édition, Paris, 1873, pago 68.
- 21 Bahia. As sensações internas, em geral, não são 10 calisadas. O nosso auctor intende que a sua faculdade deve executa,r o seu officio total interna e externamente. Ora, percebe-se que ella é impotente para o que foi criada, porque só nos revéla o conhecimento das partes internas do corpo em rarissimos casos, e sobre as externas deixa o campo livre á percepção. Vê-se, afinal, que para bater o pretendido pensador bahiano é bastante tomar assento no seio de sua propria escola, sem ser llTeciso pedir as armas a uma ordem superior da.s ideias em nossos dias. Ir
Page 5: Apontamentos para a Historia da Lit
Page 9: AO DISTlNCTO ESCRlPTOR ALLE1\iÃO -
Page 12 and 13: VllI dR, cultura humana, havemos pr
Page 14 and 15: - x N'estas projectadas publicaçõ
Page 16 and 17: 2 1859, depois da morte de seu auct
Page 18 and 19: - 4 dous. N'esta ultima idade já d
Page 20 and 21: - 6 - sualismo. É Oque demonstrou
Page 22 and 23: - 8 nuità de credere che dopo il 1
Page 24 and 25: 10 - obra. Não é, logo, a materia
Page 26 and 27: 12 - explicaveis eram oriundos de f
Page 28 and 29: 14 - encommodava, e era preciso apa
Page 30 and 31: 16 - diz que perdera os seus, mas q
Page 32 and 33: 18 - culdades, é uma condição, d
Page 36 and 37: m.*) Os Factos d(f Espirito Humano
Page 38 and 39: 24 que expõe as theorias mais acre
Page 40 and 41: - 26 - ~espondem os espiritualistas
Page 42 and 43: 28 - não os sente de novo; e quand
Page 44 and 45: 30 :- Sfír. Magalhães? Elie nada
Page 46 and 47: - 32 - e a sciencia não parece mui
Page 48 and 49: 34 - -não estará objectivada? A i
Page 50 and 51: - 36 -- das dos outros pela força
Page 52 and 53: - 38 - merecem ser consignados por
Page 54 and 55: - 40 - da. identidade do concreto e
Page 56 and 57: - 42 Este phraseado é significativ
Page 58 and 59: - 44 - pellir; porquanto. de tudo o
Page 60 and 61: - 4-(1 um riso escarninho, quando p
Page 62 and 63: - 48 - o nOll80 professor, defenden
Page 64 and 65: - 50 - public'o. Não é isto uma p
Page 66 and 67: - 52 - vive minado pelo materialism
Page 68 and 69: - .54 foram artistas. Mas é no fun
Page 70 and 71: - 56 - tinho; é a historia mais un
Page 72 and 73: 58 esta formula: "experiencia sem r
Page 74 and 75: 60 pnnClplO, uma força com 'suas c
Page 76 and 77: 62 f Como quer, porém, que se adop
Page 78 and 79: 64 - onde o Dr. Americo defendeu th
Page 80 and 81: vrr.*) .Falta-nos agora apreciar os
Page 82 and 83: - 68 - que temes, são um apanhado
Page 84 and 85:
70 tambem seus methodos.*) Firmado
Page 86 and 87:
- 72 - Segundo o illustre russo, aq
Page 88 and 89:
74 - seu tempo, o francez quiz poda
Page 90 and 91:
76 demonstrave1. Basta lembrar que
Page 92 and 93:
78 cousas, não pode senão sorrir
Page 94 and 95:
80 - É sabido mais que a força e
Page 96 and 97:
82 - renidade do critico O que é v
Page 98 and 99:
- 84 - São palavras de um cultor d
Page 100 and 101:
- 86 renegar os seus principios ess
Page 102 and 103:
88 - produzir trabalhos da força d
Page 104 and 105:
90 indicado; é uma doutrina, é um
Page 106 and 107:
- 92 - Seu proceder não dá aqui l
Page 108 and 109:
- 94 - pouquissimos espíritos inde
Page 110 and 111:
96 entretanto, ponderar que, na lis
Page 112 and 113:
98 o que é certo é que o nobre vi
Page 114 and 115:
100 aproveitou-se de quantos argume
Page 116 and 117:
102 sugando, diariamente, da atmosp
Page 118 and 119:
104 - objecto essencial contribuir
Page 120 and 121:
- '106 vida por Laplace. Aquelle qu
Page 122 and 123:
108 - existencia de uma nebulosa in
Page 124 and 125:
110 Primeiramente, é para observar
Page 126 and 127:
112 observações que tenho feito,
Page 128 and 129:
lHo - para explicar o phenomeno. *)
Page 130 and 131:
116 não se admitte que a porção
Page 132 and 133:
IX.*) o Dr. Domingos Guedes Cabral
Page 134 and 135:
120 - por parte de um outro como Br
Page 136 and 137:
122 - que petreo-systematismo faz q
Page 138 and 139:
124 - lações entre si e com os fa
Page 140 and 141:
126 excitação é consequencia, e
Page 142 and 143:
128 - vez o cerebro pervertido, enf
Page 144 and 145:
130 - todos os criminosos dispoem d
Page 146 and 147:
132 esses monstros faliassem, por s
Page 148 and 149:
134 - pelas casas de saúde, pelos
Page 150 and 151:
136 - porque pode 'a materia produz
Page 152 and 153:
138 - Carlyle e Emerson, os dous gr
Page 154 and 155:
140 A critica é um estudo, e não
Page 156 and 157:
142 Nascido em Sergipe na quasi des
Page 158 and 159:
abriu o peito a saborear uma de sua
Page 160 and 161:
146 - atirou-se á critica de que r
Page 162 and 163:
148 - do poeta inHuiram, é certo,
Page 164 and 165:
150 o tem. Sua indole é propria pa
Page 166 and 167:
152 Vasconcellos terão a pretenç
Page 168 and 169:
sociaes, é que as almas nunca cheg
Page 170 and 171:
156 - o belio ensaio .A sciencia. d
Page 172 and 173:
158 - sem as quaes era., até entã
Page 174 and 175:
160 - possa ser adquirido!! A philo
Page 176 and 177:
-, 162 provocado, n'este ponto, a
Page 178 and 179:
164 - d'eJle, pour en confirmer les
Page 180 and 181:
166 - sçientifico negar-lhes as al
Page 182 and 183:
168 - o poema d() passado! .. " Com
Page 184 and 185:
170 - do pensamento brasileiro e at
Page 186 and 187:
172 - que o auetor dos Ensaios quiz
Page 188 and 189:
CONCLUSÃO. É este o quadro da phi
Page 190 and 191:
176 o novo trabalho do escriptor se
Page 192 and 193:
-. 178 chinho italiano, não famili
Page 194 and 195:
180 Tal é; precisamos justamente d
Page 196 and 197:
1 2 - Cheguemos ao nosso termo. O l
Page 198 and 199:
184 pedir ideias a Kant; mas por to
Page 200 and 201:
1 6 do seculo passado que di,zem se
Page 202 and 203:
ADDIÇÕE S. *) Como !lota. terceir
Page 204:
ERRATAS PAG. L1NH. ERROS. EMENDAS.
show all

A Filosofia no Brasil Sílvio Romero

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?