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~espondem os espiritualistas em côro. É a força vital,<br />
responde o philosopho-poeta, folheando as paginas do<br />
livro esquecido de Amens. De todos os obstruidores<br />
do terre<strong>no</strong> da sciencia são os mais perigosos os sectarios,<br />
como o ngsso auetor, d'essa flriade <strong>no</strong> homem:<br />
um corpo, uma força vital e um espirito. O corpo<br />
alimenta-se, a força vital vive, e a alma pensa e quer.<br />
Ê o requinte do· regimen teleologico ou dualistico <strong>no</strong><br />
homem e <strong>no</strong> universo.<br />
O <strong>no</strong>sso compatricio, inclinado ao ideialismo e ao<br />
mysticismo, como verêmos, julga que é muito grosseiro<br />
e munda<strong>no</strong> a a1m'a sentir, comojáfoi-lhe por alguem ponderado,<br />
e atira esse pesado encargo para o seu com~<br />
panheiro terrestre - o principio vital.<br />
. O vitalismo é uma doutrina biforme e incommoda;<br />
o animismo é mais.logico j amQQs desapparecem confusos<br />
diante da concepção de Rostan.*) O auctor dos<br />
8uspi1'OS Poeticos, que, apesar de med~co,- dá mostras<br />
de não conhecer este distincto coliega, é bastante theologo<br />
j meio polytheista, delicia-se em admittir as entidade!!.<br />
Não acredita na unidade absoluta d~ força<br />
e da materia.. Nem, ao .me<strong>no</strong>s, é do numero d'aquelles, .<br />
que julgam-se forçados a abandonar a ent.idade theologica<br />
alma, como se exprime Herzen, e contentam-se<br />
com a outra, especie de soberana immaterial, que<br />
preside aos phe<strong>no</strong>me<strong>no</strong>s vitaes.**) Não elie só está<br />
satisfeito com ambas. É theologo e tambem metaphysico.<br />
Não entra <strong>no</strong> pla<strong>no</strong> d'este trabalho o estudo do que<br />
seja a vida; não temos, pois, que apreciar o quanto<br />
é inadmissivel a concepção de Barthez e Lordat, tão<br />
plenamente admittida pelo poeta dos Oantos Funeb1·es.<br />
Fugindo ao praser que dar-me-ma a analyse das ideias<br />
de L. Rostan, acceitaveis com algumas reducções, e,<br />
sobretudo a opportunidade de combater a invectiva<br />
de M. Littré contra os que consagram a doutrina de<br />
que a vida é uma transformação das leis physico-<br />
*) Expos-ition des Principes de POrganicisme, 2 m • édition,<br />
Paris, 1846.<br />
**) Fi,.iologia deUa, VoZulItá, pag, 6.