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- 6 -<br />
sualismo. É Oque demonstrou M. Cousin na sua anal)"se<br />
ou ensi<strong>no</strong> sobre o Entendimento Huma<strong>no</strong> de Locke,<br />
e E'm outras obras. O systema sublime de M. Cousiu<br />
apenas é eonhecido <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, e por desgraça, seus<br />
trabalhos pbilosophicos ainda não estão completos,<br />
e nem impressas, ou conhecidas aqui as suas obras<br />
posteriores. Eu forcejarei entretanto por aproveitar'<br />
o que elle tem feito e 1'estaU?'a1' com elle o systema<br />
philosophico." *)<br />
Virchow falIa algures dl:l pregadores que, para<br />
saudar aquillo que eUes julgam uma <strong>no</strong>vidade, ostentam<br />
um luxo incommodo de palavrões; si mais um exemlllo<br />
fôra preciso para confirmar·lhe o dito, ahi estava este<br />
longo inventario das excellencias de Cousin que deixei<br />
transcripto. Esta passagem foi pensada em 1833; o<br />
eclectismo nasceu e morreu sem que hom-esse recebido<br />
o me<strong>no</strong>r influxo de vida provindo de l\iont'<br />
Alverne! .. A philosophía não foi 1'esta?lIrada pOl' um<br />
espirito da teinpera de Joufiroy, e como sel-o-hia<br />
pelo <strong>no</strong>sso compatriota, que ostenta-se, <strong>no</strong> pedaço ácima<br />
griphado, nada mais do que um rhetorico de mau<br />
gâsto para quem Cousin foi um genio que se levantou<br />
como um Deus <strong>no</strong> meio do cahos dos elementos pmlosophicos?<br />
.. E tudo isto para que? Para revelar<br />
as verdades de que o espirito huma<strong>no</strong> esteve sempre<br />
de posse!<br />
'<br />
Parece uma ironia; mas o <strong>no</strong>sso orador era sério<br />
e fallava convencido; o seu cri.terio de philosopho é<br />
que era demasiado franzi<strong>no</strong>. Um homem, dito de<br />
e<strong>no</strong>rme intelligencia, que foi testemunha dos grandes<br />
acontecimentos e mutações historicas, que assignalaram<br />
os ultimos ao<strong>no</strong>s do seculo passado e os primeiros<br />
d'este, <strong>no</strong> velho e <strong>no</strong>vo mundo, vir-<strong>no</strong>s, depois da<br />
revolução de Julho e da evolução do hegelianismo,<br />
dar tão frageis provas de seu modo de julgar, nada<br />
- me<strong>no</strong>s foi do que aquillo porque se o tem querido<br />
passar; nada me<strong>no</strong>s foi do que um philosoph6.<br />
*) Nota á pago 90.