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obra. Não é, logo, a materia da maquina o seu verdadeiro<br />
agente j é a força que a anima. Uma força<br />
physica, porem, qualquer que elia seja, é em si indeterminada,<br />
e não poderia dar-se por si mesma alguma<br />
d\'lterminação particular: para que ella produza certos<br />
effeitos, convem ser applicada a um sujeito por uma<br />
certa maneira, em uma certa ordem, segundo certas<br />
proporções, e uma certa direcção. O sujeito a quem<br />
se applica a fOTça,. que eu considero, é o cerebro; e<br />
é a sua organisação, que regula as determinações particulares<br />
da força, e a faz convergir para um certo<br />
alvo. Este alvo ou este fim é excitar na alma as sensações<br />
ou percepções correspondentes ás modificações<br />
da força que as faz nascer. Esta força é necessariamente<br />
um ser simples, porque a ideia que tenho d'esta<br />
força não pode ser decomposta em outras ideias.<br />
( Este porque é soberbo!) Eu não posso decompôr<br />
esta força, assim como não posso deeompôr o sentimento<br />
que tenho do meu eu. A força de que se<br />
tracta parece-me sempre uma, simples, immateri~l.<br />
Eu ig<strong>no</strong>ro profundamente (É ve1'dade!) como esta<br />
força se applica á maquina organisada, á que minha<br />
alma está immediatamente presente j mas eu tenho a<br />
mais perfeita certeza que esta força applica-se, e obra<br />
n'elia j e eu contemplo seus maravilhosos efl'eitos ..<br />
ti •• ••• ••• ••<br />
Eu não conheço a natureza intima da minha alma,<br />
assim como não conheço a de qualquer outro ser;<br />
mas eu tenho as melhores provas de que minha alma<br />
é um ser absolutamente simples, e dotado de uma<br />
actividade que lhe é essencial. Minha alma é, pois,<br />
uma força, c esta força é susceptivel de uma multidão<br />
de modificações diversas. Ella é tão indeterminada<br />
em si, como qualquer outra for~a, não pode dar-se<br />
por si mesma determinações particulares, asssim como<br />
não o pode a força que anima a materia. Esta força,<br />
que constitue o meu e~t, recebe, pois, suas detel'IDinações<br />
do corpo organisado, a que ella está unida, ou,<br />
para faliar mais exactamente, a alma recebe estas determinações<br />
da força que auima este corpo, e esta
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