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o Dr. Barreto. Ellas revelam tres factos oapitaes:<br />
que existe um modo de crer na philosophia positiva<br />
muito diverso do da seita comtesca; que a sciencia<br />
de hoje foge dos systemas, rejeitando a expressão<br />
materialismo, não porque abandone as suas doutrinas,<br />
mas porque o termo pode ser explorado, como o foi<br />
pelo medico de São Paulo, e, finalmente, que o realismo<br />
monistico, ou philosophia positivo-natm:alista de<br />
Büchner só inquire do como e não do pO'rque das cousas.<br />
O <strong>no</strong>sso auetor devia ser q.m !lOUCO mais ponderado<br />
e indagar do estado actual das questões para<br />
não se expôr tão facilmente. Uma cousa é para <strong>no</strong>tar,<br />
que. tem sido bastante descuidada pelos positivistas<br />
do <strong>Brasil</strong>. Logo que divulgou-se o systema de Comte<br />
<strong>no</strong> grande 'mundo europêo, maxime na Inglaterra e<br />
na Allemanha, todas as cabeças avidas de luz, e influenciadas<br />
pelo realismo scientifico, o examinaram e<br />
aceitararr 'ancamente tudo que lhes poderia auxiliar<br />
na grande obra. Foi o que fizeram Mill, BlIckle, Spencer,<br />
Büchner e Vogt, n'aque11es dois paizes, e Gabelli,<br />
Villari e Marse11i, na Italia, os quaes são tão uniso<strong>no</strong>s<br />
em celebrar as eminentes qualidades do philosopho<br />
francez, quão fu-mes em repellir-lhe os desacertos.<br />
D'est'arte, o <strong>no</strong>vo modo de pensar teve <strong>no</strong> positivismo<br />
~m poderoso a.uxiliar. Na lucta pela vida assimilouse<br />
os bons germens do Oours de PhilosolJhie Positive,<br />
e caminhou adiante, despresando as pêas systematicas.<br />
Não, assim os sectarios obcecados, cor<strong>no</strong> o Dr. Barreto.<br />
Estes permanecem terriveis, intractaveis, h'reeonciliaveis<br />
<strong>no</strong> meio do alheio triumpho, e apenas, de perto<br />
em perto; deixam ouvir o ridiculo esconjuro: são metapkysicos!<br />
! .. Não pode haver mais ingloria posição<br />
do que a d'estes fanatico& de <strong>no</strong>va especie, que só<br />
devem ser ~'echaçados pelo riso de Moliere.<br />
Um exemplo frisante da a<strong>no</strong>malia em que se co11ocapam<br />
presenciou, não ha muito, a sciencia européa.<br />
É sabido por todos os bons espiritos que as sciencia.s<br />
particlll~,res, cOm o sen constallte progresso, vão tomando<br />
o terre<strong>no</strong> da velpa philosophia, que não passa hoje<br />
de uma generalisação.<br />
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