08.12.2016 Views

Brazil Yearbook - 1998_ocr

Brazil Yearbook - 1998_ocr

Brazil Yearbook - 1998_ocr

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SOLOS E SUA POTENCIALIDADE AGRÍCOLA ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

desfavoráveis ao desenvolvimento das<br />

plantas. Quanto à fertilidade natural,<br />

ocorrem solos álicos, distróficos e<br />

eutróficos. Poderão ter argila de atividade<br />

alta ou baixa.<br />

Os solos assim caracterizados foram<br />

identificados em todas as classes de<br />

relevo. Os solos pouco desenvolvidos<br />

não-hidromórficos são, geralmente, solos<br />

bem drenados a excessivamente<br />

drenados. Os hidromórficos compreendem<br />

solos mal drenados a muito mal drenados.<br />

Dentre os solos hidromórficos deste nível<br />

ocorrem Solos Orgânicos, identificados<br />

pela presença de horizontes superficiais<br />

orgânicos ou horizonte A turfoso,<br />

sobrejacentes a camadas minerais.<br />

As ocorrências mais expressivas destes<br />

solos são constituídas pelos seguintes<br />

Grandes Grupos: Areias Quartzosas (AQ),<br />

Solos Aluviais (A), Vertissolo (V), Solos<br />

Litólicos (R), Regossolo (RE), Areias<br />

Quartzosas Marinhas (AM) e Rendzina (RZ),<br />

todos não-hidromórficos; e Gleissolos (G),<br />

Areias Quartzosas Hidromórficas (HAQ),<br />

Solos Orgânicos (HO), Solos Orgânicos<br />

Tiomórficos (HOT) e Areias Quartzosas<br />

Hidromórficas Húmicas (HAQH), todos<br />

hidromórficos.<br />

Tipos de Terrenos<br />

São assim caracterizadas unidades que<br />

não apresentam desenvolvimento<br />

pedogenético. Constituem áreas com<br />

características extremamente<br />

desfavoráveis ao uso agrícola. As áreas<br />

ocupadas pelos diferentes tipos de terrenos<br />

são, normalmente, de extensão pouco<br />

expressiva, destacando-se:<br />

• Afloramentos de Rocha (AR) - são tipos<br />

de terrenos representados por exposições<br />

de diferentes tipos de rochas brandas ou<br />

duras, desprovidas ou com reduzidas<br />

porções de materiais detríticos grosseiros<br />

não consolidados, formados por mistura de<br />

material terroso e grandes proporções de<br />

fragmentos provenientes da degradação<br />

das rochas, ou ainda ocorrência<br />

significativa de matacões, em geral com<br />

mais de 100 cm de diâmetro.<br />

• Dunas (DN) - originam-se quase que<br />

exclusivamente de deposições de material<br />

areno-quartzoso, de origem eólica, sem<br />

cobertura vegetal que as tornem fixas.<br />

• Solos Indiscriminados de Mangue (SM) -<br />

são predominantemente halomórficos,<br />

alagados, ocorrendo, principalmente, nas<br />

partes baixas do litoral, localizadas nas<br />

proximidades das desembocaduras dos<br />

rios, nas reentrâncias da costa e margens<br />

das lagoas, diretamente influenciadas pelo<br />

movimento das marés. Em geral, estes solos<br />

não apresentam diferenciação de<br />

horizontes, com exceção das áreas<br />

marginais em que se verifica o<br />

desenvolvimento de um horizonte A sobre<br />

camadas indiferenciadas.<br />

Classes de Potencialidade<br />

Agrícola<br />

O potencial agrícola está estreitamente<br />

relacionado a vários fatores intrínsecos e<br />

extrínsecos do solo, que viabilizam ou<br />

limitam a utilização da terra.<br />

A terra ideal é aquela que possui as<br />

melhores condições possíveis de<br />

potencialidade para o crescimento das<br />

mais exigentes formas organizadas de<br />

associações vegetais. Em geral, apresenta<br />

elevada fertilidade natural, sem deficiência<br />

de água e de oxigênio; não é suscetível à<br />

erosão; e não possui impedimentos ao uso<br />

de implementos agrícolas. Partindo-se do<br />

conceito dessa terra ideal, quaisquer outras<br />

variações apresentadas, que não<br />

preencherem as exigências atribuídas,<br />

serão consideradas desvios, constituindo<br />

limitações ao uso agrícola, portanto<br />

subsidiando a caracterização de diferentes<br />

classes de potencialidade agrícola.<br />

De acordo com as características dos<br />

solos que ocorrem em maior proporção,<br />

bem como da topografia (relevo) da área<br />

por eles ocupada, foram avaliados seus<br />

aspectos favoráveis ou desfavoráveis,<br />

possibilitando a identificação das classes<br />

de potencialidade agrícola descritas a<br />

seguir. Nesta abordagem não foram<br />

levados em consideração os aspectos<br />

climáticos da região. Quanto às limitações,<br />

é dada ênfase àquelas que têm maior<br />

significado.<br />

No Mapa Potencialidade Agrícola dos<br />

Solos consta a distribuição geográfica das<br />

classes de potencialidade agrícola dos<br />

solos. Estas classes serão conceituadas,<br />

tendo suas características sintetizadas no<br />

Quadro 1.5.<br />

Boa<br />

Esta classe de potencialidade<br />

compreende predominância de solos com<br />

características favoráveis ao<br />

desenvolvimento das plantas. São, em<br />

geral, solos profundos a muito profundos,<br />

bem drenados, predominantemente de<br />

textura média ou argilosa, com fertilidade<br />

natural variando de alta a média.<br />

Ocorrem, em sua maioria, em áreas com<br />

topografia plana e suave ondulada.<br />

Nestas áreas, as plantas climaticamente<br />

adaptadas encontram, geralmente,<br />

condições de solos favoráveis ao pleno e<br />

satisfatório desenvolvimento, podendo<br />

proporcionar bons índices de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!