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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

VEGETAÇÃO E RECURSOS FLORÍSTICOS<br />

Vegetação e Recursos Florísticos<br />

Avegetação do Brasil, compreendida<br />

quase que inteiramente dentro da<br />

Zona Neotropical, para fins<br />

geográficos, pode ser dividida em dois<br />

territórios: o amazônico e o extraamazônico.<br />

No território amazônico (área<br />

equatorial ombrófila), o sistema ecológico<br />

vegetal responde a um clima de<br />

temperatura média em torno de 25 o C,<br />

com chuvas torrenciais bem distribuídas<br />

durante o ano, sem déficit hídrico mensal<br />

no balanço ombrotérmico anual. No<br />

território extra-amazônico (área<br />

intertropical), o sistema ecológico vegetal<br />

responde a dois climas: o tropical, de<br />

temperaturas médias em torno de 22 o C e<br />

precipitação estacional marcada por um<br />

período com déficit hídrico de mais de 60<br />

dias no balanço ombrotérmico anual, e o<br />

subtropical, de temperaturas suaves no<br />

inverno, que ameniza a média anual, em<br />

torno de 18 o C, com chuvas moderadas<br />

bem distribuídas durante o ano, sem<br />

déficit hídrico mensal no balanço<br />

ombrotérmico anual, mas com uma<br />

estacionalidade térmica provocada pelos<br />

dias mais frios do ano.<br />

A Flora de uma área, isto é, o conjunto<br />

de todas as espécies aí encontradas,<br />

constitui um recurso em sentido amplo.<br />

Isto significa que cada planta tem uma<br />

importância fundamental na biocenose,<br />

participando com maior ou menor<br />

intensidade de diferentes cadeias tróficas.<br />

Todavia, tradicionalmente, o termo<br />

recurso, atribuído aos vegetais, lhes é<br />

dado em razão de seu valor econômico<br />

ou utilitário. Entende-se que o termo<br />

florístico, além de significar a composição<br />

em termos de espécies, tem também o<br />

sentido de cobertura vegetal e de<br />

unidades de vegetação, tão importantes<br />

na função de formadoras e protetoras do<br />

solo, de reguladoras hidrológicas, de<br />

formadoras de pastagens, controladoras<br />

micro e mesoclimáticas, etc.<br />

Convém salientar que o homem do<br />

Neolítico já utilizava os vegetais de<br />

maneira racional, aproveitando aqueles<br />

de maior utilidade, dando início à<br />

Revolução Agrícola, tão importante na<br />

fixação dos grupos humanos. Nos dias<br />

atuais, contam-se aos milhares as<br />

espécies utilizadas pelo homem na<br />

alimentação, na medicina, no vestuário,<br />

na habitação e em diferentes indústrias.<br />

O Brasil apresenta uma grande<br />

diversidade de espécies vegetais que<br />

podem ser aproveitadas comercialmente.<br />

Sua imensa superfície, associada às<br />

características de tropicalidade, confere<br />

ao nosso País uma extraordinária riqueza<br />

florística. As espécies nativas e exóticas de<br />

importância econômica conhecidas e<br />

descritas em trabalhos científicos até o<br />

momento, embora sejam numerosas,<br />

representam apenas uma pequena<br />

parcela das provavelmente existentes.<br />

Considerando a grande quantidade<br />

dessas espécies e a sua vasta distribuição<br />

nas diferentes fitocenoses do território<br />

brasileiro, um estudo mais aprofundado de<br />

suas características, principalmente como<br />

fornecedoras de matéria-prima, sua<br />

ocorrência e potencial, poderá servir para<br />

uma avaliação mais precisa deste recurso.<br />

Em face dessa necessidade, o IBGE,<br />

através do Departamento de Recursos<br />

Naturais e Estudos Ambientais, da Diretoria

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