Brazil Yearbook - 1998_ocr

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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong> RECURSOS HÍDRICOS sugerir os valores a serem cobrados; e estabelecer critérios e promover o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de interesse comum ou coletivo. As Agências de Água têm a função de secretaria executiva do respectivo ou respectivos Comitês de Bacia Hidrográfica. A Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hídricos será exercida pelo Órgão integrante do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, responsável pela Gestão dos recursos hídricos. Fenômenos Hidrológicos O comportamento natural da água quanto às suas ocorrências, transformações e relações com a vida humana é bem caracterizado através do conceito de ciclo hidrológico. Este é um meio conveniente de apresentar os fenômenos hidrológicos, servindo também para dar ênfase às quatro fases básicas: precipitação, evaporação e transpiração, escoamento superficial e escoamento subterrâneo. O ciclo hidrológico, embora possa parecer um mecanismo contínuo, com a água se movendo de uma forma permanente e com uma taxa constante, é na realidade bastante diferente, pois o movimento da água em cada uma das fases do ciclo é feita de um modo bastante aleatório, variando tanto no espaço como no tempo. A água constitui-se em um recurso natural renovável através dos processos físicos do ciclo hidrológico. Movida pela ação da energia solar, evapora-se dos oceanos, dos lagos, dos rios e da superfície terrestre. Precipita-se sob a forma de chuva, neve e granizo. Corre pela superfície; infiltra-se no subsolo; escoa pelos cursos de água superficiais e pelos aqüíferos. É absorvida pelas plantas que a transpiram para a atmosfera, da qual torna a precipitar-se, e assim sucessivamente. Para a maioria da população mundial, o problema fundamental é a escassez de água. A distribuição irregular das chuvas, aliada à possibilidade de grande intervalo de tempo entre elas, responde pelo caráter intermitente de muitos rios como ocorre na Região Nordeste do Brasil. Em virtude dessa especificidade climática nela, a açudagem vem sendo utilizada como forma de estocar e distribuir a água desde 1856, tanto para consumo doméstico como para desenvolvimento da agricultura irrigada. Os açudes fazem-se presentes desde o Piauí até o norte de Minas Gerais, constituindo esta área o espaço geográfico definido como o Polígono da Secas, onde a irregularidade pluviométrica é uma constante (Tabela 1.21). Em determinadas ocasiões, a natureza parece trabalhar em excesso, quando chuvas torrenciais que ultrapassam a capacidade dos cursos d’água provocam inundações que assolam aglomerações populacionais urbanas e rurais inteiras e arrastam colheitas, casas, etc. Muitos desses problemas resultam do fato de o homem não ter ainda um conhecimento pleno da forma como a água se desloca através do planeta, recupera o seu volume mediante a chuva e desaparece na atmosfera por evaporação. As inundações urbanas podem ser devidas aos grandes rios, nas margens dos quais as cidades podem estar localizadas; à deficiência na macrodrenagem, representada pelos riachos principais; e à insuficiência da microdrenagem, que são problemas mais localizados de escoamento (entupimento provocado pelo lixo urbano, assoreamento, obras mal planejadas e executadas, etc.). A erosão hídrica pluvial é o processo de desagregação, transporte e deposição do solo, subsolo e rocha pelas águas da chuva. A erosão dos solos está diretamente ligada a quatro fatores intervenientes: intensidade da chuva, topografia, geologia, tipo do solo, seu uso e cobertura, cobertura vegetal, entre outros. A qualidade da água dos rios e reservatórios é degradada pelos poluentes nela lançados. Estes poluentes podem provir de fontes pontuais, como o lançamento de esgotos domésticos e efluentes industriais, ou de fontes dispersas, decorrentes do transporte de contaminantes pela água da chuva que escoa pela superfície do solo. Certos tipos de contaminantes orgânicos degradáveis, como os esgotos domésticos, são assimilados por bactérias. Quando a carga dos esgotos lançados excede a capacidade de autodepuração do corpo de água, o rio ou lago fica sem oxigênio, provocando problemas como liberação de odores e impedindo a existência de peixes e outros organismos aquáticos. Para uma caracterização mais detalhada do regime dos rios pode-se utilizar diversas informações, dentre elas a análise dos valores de vazão e cota. Esses dados são obtidos diariamente em estações fluviométricas, posteriormente, passam por um processo de consistência. Tomando-se os valores fornecidos pela ANEEL, em diferentes séries históricas, para os valores médios de vazão máxima e mínima e, também, para as cotas médias
RECURSOS HÍDRICOS ANUÁRIO E STATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong> Mapa 1.18 Potencial hidrelétrico - bacias hidrográficas Fontes: IBGE, Diretoria de Geociências, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais; Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS.
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Presidente da República Fernando H
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