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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS<br />

fluorita está presente no maciço de Rio<br />

Bonito com 69 M. a. Já no Cenozóico, a<br />

reativação de antigas falhas e<br />

possivelmente ligadas à ambiente<br />

distensivo, desenvolveram nos Estados de<br />

São Paulo e Rio de Janeiro, as bacias de<br />

São Paulo, Taubaté, Resende e Itaboraí.<br />

A Província Estrutural Tocantins dispõe-se<br />

mormente na Região Centro-Oeste, com<br />

ramificações para os Estados do Pará e<br />

Minas Gerais. Localiza-se entre os Crátons<br />

do São Francisco e Amazônico, contendo<br />

rochas do Arqueano, emolduradas a leste<br />

e a oeste por cinturões móveis e a norte e<br />

a sul pelas bacias do Parnaíba e Paraná,<br />

respectivamente.<br />

O Maciço Goiano, extenso Núcleo<br />

Arqueano, recebeu seqüências<br />

vulcanossedimentares, que submetidas a<br />

dobramentos e metamorfismo, configuram<br />

as diversas seqüências do tipo<br />

Greenstone belt denominadas:<br />

Amorinópolis, Conceição do Norte, Dois<br />

Irmãos e Pilar de Goiás, com depósitos de<br />

ouro, esmeralda e cobre, além de<br />

ocorrências de cianita, talco e urânio. Em<br />

Fortaleza de Minas (MG) os jazimentos de<br />

Ni, Cu e Co estão presentes como sulfetos<br />

maciços ou disseminados na porção<br />

basal do Greenstone belt de Morro do<br />

Ferro, de idade Arqueana. Tidos como<br />

possíveis testemunhos da primitiva crosta<br />

oceânica arqueana, os complexos<br />

intrusivos de natureza básica-ultrabásica<br />

de Americano do Brasil, Niquelândia, Barro<br />

Alto, Canabrava e Rio Alegre são<br />

importantes por acolherem mineralizações<br />

de cromo, vanádio, cobre, titânio, ferro,<br />

amianto, níquel e cobalto. Em Americano<br />

do Brasil a mineralização sob a forma de<br />

sulfetos (pirrotita, pentlandita, calcopirita e<br />

pirita) está associada a dunitos,<br />

peridotitos, hornblenditos e rochas<br />

gabróicas. Já os jazimentos de<br />

Niquelândia e Barro Alto (GO) são devidos<br />

a concentrações residuais sobre a zona<br />

ultrabásica, produzindo lateritos de ferro e<br />

níquel, onde estão presentes garnierita,<br />

talco ou antigorita. Ao Paleoproterozóico<br />

estão reportados os cinturões móveis<br />

Araguaia-Tocantins e Uruaçu, que<br />

balizaram o Maciço Goiano, sendo que no<br />

Eoproterozóico desenvolveram-se os<br />

cinturões móveis Paraguai e Brasília,<br />

aquele estendendo-se por cerca de<br />

1 500 km. No início do Paleozóico, após a<br />

estruturação do cinturão Paraguai,<br />

desenvolveu-se um intenso<br />

vulcanoplutonismo pontilhado pelos<br />

granitos Coxim, Lajinha, Piranhas, Rio<br />

Negro, São Vicente e Taboco. Ao final do<br />

Terciário, reativações de antigos<br />

falhamentos, em ambiente distensivo,<br />

edificaram as bacias ou fossas do<br />

Guaporé, Alto Paraguai, Pantanal,<br />

Araguaia e Tocantins.<br />

A Província Costeira e Margem<br />

Continental estendendo-se desde o litoral<br />

norte ao litoral sul, margeando toda a<br />

costa brasileira, engloba além de uma<br />

porção emersa, a parte imersa entre o<br />

continente e o fundo oceânico. Nas<br />

bordas entre a plataforma e o talude<br />

marcam presença canyons e canais,<br />

provenientes de drenagens pretéritas<br />

causadas pela regressão marinha que<br />

ocorreu nos períodos glaciais do<br />

Quaternário. Na margem continental as<br />

feições estruturais mais marcantes estão<br />

relacionadas aos lineamentos, zonas de<br />

fratura e falhas normais sendo que as<br />

duas primeiras representam faixas<br />

alinhadas segundo a direção E-O e<br />

alternando altos e baixos estruturais.<br />

As bacias marginas brasileiras, cuja<br />

origem e evolução estão intimamente<br />

relacionadas com a tectônica que<br />

envolveu os efeitos da abertura do<br />

Atlântico onde a geração de riftes deveuse<br />

a processo de estiramento e<br />

afinamento crustal, ocupam<br />

aproximadamente 1 000 000 km 2 , dos<br />

quais 800.000 km 2 no mar até a isóbota<br />

de 200m. De norte para sul são<br />

denominadas: Foz do Amazonas,<br />

Bragança-Vizeu, São Luiz, Ilha Nova,<br />

Barreirinhas, Potiguar, Pernambuco-<br />

Paraíba, Sergipe-Alagoas, Recôncavo/<br />

Tucano-Jatobá, Almada, Jequitinhonha,<br />

Cumuruxatiba, Espírito Santo, Campos,<br />

Santos e Pelotas. Entre todas, merece<br />

destaque especial a Bacia de Campos, a<br />

mais prolífera do País, com os principais<br />

campos produtores denominados:<br />

Garoupa, Enxova, Bicudo, Namorado,<br />

Bonito, Pampo, Badejo e Linguado.

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