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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

RELEVO<br />

baías; os ambientes fluviomarinhos nos<br />

complexos deltaicos dos rios São Francisco<br />

e Jequitinhonha; cordões arenosos<br />

associados a dunas fixas e móveis na costa<br />

baixa do Rio Grande do Norte e, na sua<br />

costa alta sul, associadas às falésias nos<br />

Tabuleiros Costeiros.<br />

• Litoral Sudeste - Compreende planícies<br />

no interior de enseadas e baías,<br />

associadas a Baixadas. Prolongam-se ao<br />

longo da costa de alta energia como<br />

praias oceânicas; nas planícies costeiras dos<br />

complexos deltaicos dos rios Paraíba do Sul<br />

e Doce, e nas costas lagunares do Estado<br />

do Rio de Janeiro. De forma descontínua,<br />

as planícies litorâneas inserem-se na costa<br />

escarpada da Serra do Mar.<br />

• Litoral Sul - O litoral do Estado do<br />

Paraná é recortado, com saliências em<br />

pontais, ilhas e baixadas exíguas que<br />

acompanham as direções estruturais N-NE<br />

da borda cristalina oriental da Serra do<br />

Mar. Em Santa Catarina, o litoral toma as<br />

direções N-S e NE-SO, alargando-se e<br />

evidenciando o recuo da escarpa da<br />

Serra do Mar, fragmentada em colinas<br />

junto à costa onde limitam-se com as<br />

planícies litorâneas. No Rio Grande do Sul,<br />

houve a formação de litoral amplo, baixo<br />

e retilinizado, com extensas restingas que<br />

barram as lagunas costeiras dos Patos,<br />

Mirim e Mangueira. Neste amplo ambiente<br />

lagunar, inserem-se a planície marinha, a<br />

planície lagunar e a planície alúviocoluviar<br />

na porção mais interior, limitada<br />

por áreas planálticas.<br />

Planícies Interioranas (2)<br />

As Planícies Interioranas ou várzeas<br />

representam formas de relevo de<br />

acumulação alúvio-coluvial, sujeitas a<br />

inundações, irregularmente distribuídas ao<br />

longo da drenagem, com topografia<br />

plana a suave ondulada, na sua maioria<br />

compondo níveis de base locais, em<br />

altitudes variadas. Estas áreas podem<br />

englobar níveis de terraços e outras feições<br />

de gênese fluvial/lacustre.<br />

Ocorrem com maior abrangência nas<br />

bacias hidrográficas dos rios Solimões/<br />

Amazonas, Tocantins/ Araguaia, São<br />

Francisco, Paraná/Uruguai, e em menores<br />

extensões nas bacias do Atlântico Sul<br />

brasileiro.<br />

• As Planícies ou Várzeas Amazônicas<br />

compreendem áreas periodicamente<br />

inundáveis e, quando altas e florestadas,<br />

refletem níveis de terraços fluviais,<br />

contendo, ainda, furos, paranás, lagos<br />

de várzea e de barragens,<br />

paleomeandros, diques marginais, canais<br />

e paleocanais. As planícies amazônicas se<br />

alargam no sentido oeste-leste, seguindo o<br />

padrão da rede de drenagem, fortemente<br />

influenciada pela tectônica regional.<br />

• As Planícies do Rio Paraná e de seus<br />

afluentes desenvolvem-se ao longo da<br />

drenagem que corta a Bacia Sedimentar<br />

do Paraná (litologias cretácicas).<br />

Compõem-se de aluviões cenozóicos<br />

(areias, cascalhos e argilas), que se<br />

distribuem em faixas marginais do rio<br />

Paraná e numerosas ilhas, associadas as<br />

planícies a diques, lagoas e canais<br />

abandonados, delimitadas por feições de<br />

terraços fluviais.<br />

• O Rio São Francisco apresenta planícies<br />

e terraços aluviais, podendo conter diques<br />

aluviais, bancos de areias laterais, canais<br />

de enchentes e lagoas. As planícies são<br />

inundadas nos períodos de cheias<br />

(novembro a março) e os terraços podem<br />

apresentar mais de um nível, separados por<br />

ressaltos que indicam retomadas de<br />

erosão. Os barrancos do rio São Francisco<br />

são elaborados em colúvios, que<br />

compõem rampas convergentes para o rio.<br />

• As Planícies dos Rios Tocantins,<br />

Araguaia e Xingu refletem fenômenos<br />

de natureza tectônica e climática que<br />

delinearam, desde o Terciário, os traços<br />

predominantes de instalação da drenagem<br />

dos rios. O padrão de drenagem do<br />

Araguaia é anastomótico, apresentando<br />

marcas de paleodrenagem, lagoas<br />

circulares e semicirculares, bancos de areia<br />

nas vazantes e ilhas menores dispersas.<br />

A Planície do Bananal é a área de maior<br />

expressão dos depósitos quaternários que<br />

abrangem a ilha do Bananal, formada<br />

pelos rios Araguaia e Javaes ou Braço<br />

Menor do Araguaia.<br />

• As Planícies do Rio Paraíba do Sul<br />

englobam níveis de terraços fluviais<br />

dissecados em colinas amplas e quase<br />

tabuliformes. Ao longo do seu curso o rio<br />

tem padrão de meandros, principalmente<br />

na área das bacias terciárias de Taubaté,<br />

Resende e Volta Redonda.<br />

Planícies e Pantanais<br />

Mato-Grossense/Guaporé (3)<br />

A região do Pantanal Mato-Grossense<br />

abrange parte dos Estados de Mato Grosso<br />

e do Mato Grosso do Sul, drenada pela<br />

bacia do Alto Paraguai (Platina), enquanto<br />

que o Pantanal do Guaporé ocupa parte<br />

do Estado de Rondônia, drenado pelo<br />

Médio/Alto Guaporé (bacia Amazônica).<br />

Estas áreas de pantanais encontram-se<br />

inseridas nas Depressões coalescentes do<br />

Paraguai e do Guaporé, posicionadas em<br />

extenso corredor topográfico plano e<br />

rebaixado com relação aos relevos<br />

adjacentes, ao longo da fronteira<br />

Brasil/Bolívia e Paraguai.<br />

As características do meio natural<br />

sugerem serem os Pantanais do Guaporé<br />

uma área de transição para os

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