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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

RELEVO<br />

cobertura vegetal de caatinga. O<br />

posicionamento geográfico dos vários<br />

setores revela o caráter periférico e<br />

interplanáltico dos mesmos.<br />

Trata-se de grandes extensões de<br />

topografia quase plana em que os<br />

interflúvios constituem pediplanos mais ou<br />

menos conservados. Aplanamentos<br />

truncam diversas litologias do Pré-<br />

Cambriano Indiferenciado e Inferior,<br />

constituídas principalmente por gnaisses e<br />

migmatitos. Compõem parte desta<br />

unidade relevos residuais (cristas e<br />

inselbergs), formando tálus e caos de<br />

blocos no sopé das encostas íngremes.<br />

A rede de drenagem apresenta rios<br />

intermitentes, às vezes com cursos retilíneos,<br />

refletindo um controle estrutural de falhas e<br />

fraturas, e leitos rasos e rochosos,<br />

preenchidos com material arenoso e<br />

estreitas faixas de acumulação fluvial.<br />

Planalto de Roraima (53)<br />

Localiza-se ao norte dos Estados de<br />

Roraima e do Amazonas. Apresenta<br />

altitudes elevadas como os pontos<br />

culminantes do Brasil - o Pico da Neblina,<br />

a 3 014 m de altitude, e o Monte Roraima,<br />

a 2 875 m. Representa grande divisor de<br />

águas das bacias hidrográficas dos rios<br />

Orenoco e Amazonas.<br />

Configura relevos tabulares, esculpidos<br />

em rochas sedimentares e<br />

metassedimentares do Grupo Roraima,<br />

em altitudes variáveis entre 1 000 e 3 014 m,<br />

com mesas de topos horizontalizados,<br />

limitados por escarpas abruptas, em parte<br />

desnudas, deixando aflorar o pacote<br />

sedimentar. Pedimentos ravinados<br />

coalescem com as formas dissecadas das<br />

colinas e cristas dos planos inferiores. Esses<br />

níveis inferiores correspondem a patamares<br />

elaborados principalmente nas rochas<br />

metamórficas do Complexo Guianense e<br />

nas seqüências vulcanossedimentares<br />

arqueanas e granitos intrusivos. As serras<br />

do Imeri, Parima e Pacaraima apresentam<br />

colinas de encostas pedimentadas e<br />

ravinadas.<br />

Planaltos Residuais da<br />

Amazônia Setentrional (54)<br />

e Meridional (55)<br />

Inseridos nas Depressões Periféricas da<br />

Amazônia, estes compartimentos<br />

referem-se a relevos residuais de uma<br />

superfície de aplainamento. Configuram<br />

topos planos conservados em interflúvios<br />

tabulares de rebordos erosivos e<br />

abaulados, em altitudes acima de 400 m,<br />

e serras talhadas em rochas pré-cambrianas<br />

de origem vulcânica, subvulcânica e<br />

metamórfica, representadas por granitos,<br />

riolitos, granodioritos, gnaisses, migmatitos e<br />

arenitos arcoseanos.<br />

Os rios Paru do Oeste ou Erepecuru,<br />

Curuá, Trombetas, Mapuera, Nhamundá e<br />

Uatumã são exemplos da drenagem<br />

responsável pela dissecação na região<br />

periférica da Bacia Paleozóica do<br />

Amazonas (Depressão do Amazonas).<br />

Planaltos Residuais<br />

Sertanejos (56)<br />

Esta unidade apresenta-se descontínua,<br />

destacando-se sobre a topografia plana<br />

da Depressão Sertaneja como elevações<br />

residuais, que constituem inselbergs ou<br />

maciços isolados. Evidenciam-se como<br />

conjunto de relevos montanhosos<br />

compartimentados em blocos isolados<br />

pelas depressões. Esculpidos em rochas do<br />

embasamento cristalino estão submetidos,<br />

de forma generalizada, aos processos de<br />

dissecação.<br />

O Maciço de Baturité configura-se como<br />

o mais expressivo entre os planaltos residuais.<br />

Esculpido em gnaisse, está a uma média<br />

de 600 m, dissecado em colinas formando<br />

um plano cimeiro, ladeado por cristas.<br />

Planaltos do Centro-Sul<br />

de Minas (57)<br />

Engloba a Depressão de Belo Horizonte e<br />

parte da Depressão do Alto Rio Doce, o<br />

Planalto do Centro-Sul de Minas (ou<br />

Campo das Vertentes), propriamente dito,<br />

e o Planalto de Poços de Caldas-Varginha.<br />

O Planalto do Centro-Sul de Minas<br />

apresenta relevos elaborados em litologias<br />

pré-cambrianas dos Complexos<br />

Barbacena, Campos Gerais, Varginha,<br />

Amparo, Divinópolis e Gnaisse Piedade,<br />

encerrando intrusivas ácidas e básicas do<br />

Pré-Cambriano, indiferenciados, que<br />

resultaram em blocos de relevos alçados,<br />

posteriormente atingidos por estágios<br />

sucessivos de erosão. Apresenta-se<br />

drenado pelas bacias dos rios Paraná, São<br />

Francisco, Doce e Paraíba do Sul.<br />

O Planalto de Poços de Caldas<br />

representa uma estrutura elevada<br />

internamente erodida, caracterizada por<br />

altimetrias entre 950 e 1 600 m, modelados<br />

em dissecação diferencial e dissecação<br />

homogênea no interior da estrutura<br />

circular. O Planalto de Varginha é<br />

marcado por linhas de cumeadas e cristas.<br />

Apresenta altimetrias de até 1 200 m, com<br />

modelados de colinas e morros de topos<br />

aguçados e várzeas com níveis de terraços.<br />

Serras do Leste Catarinense (58) e<br />

Planalto Sul-Rio-Grandense (59)<br />

As Serras do Leste Catarinense (58)<br />

constituem agrupamento de elevações<br />

orientadas preferencialmente para NE e<br />

separadas por vales profundos. As<br />

elevações mais expressivas compõem

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