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RELEVO ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

O setor dos Tabuleiros do Recôncavo é<br />

uma área dissecada em arenitos, folhelhos,<br />

siltitos, calcários, areias e argilas. É drenada<br />

por pequenos rios independentes que a<br />

atravessam, de modo geral, no sentido<br />

NO-SE. Os vales são largos e têm fundo<br />

chato, colmatados.<br />

Chapadas dos Parecis (24)<br />

Esta unidade insere-se nas cotas mais<br />

elevadas do Planalto dos Parecis,<br />

apresentando distribuição espacial<br />

fragmentada no conjunto planáltico. As<br />

chapadas foram esculpidas em litologias<br />

mesozóicas (Formação Utiariti, do<br />

Cretáceo) recobertas por sedimentos<br />

detrítico-lateríticos cenozóicos, que<br />

funcionam como camada conservadora<br />

do pediplano que nivelou os topos. A<br />

atuação da erosão descaracterizou a<br />

superfície aplanada, resultando em amplos<br />

interflúvios tabulares.<br />

Faixas de Dobramentos e<br />

Coberturas Metassedimentares<br />

Associadas<br />

Engloba dois conjuntos de superfícies<br />

sob forte controle estrutural. Um com<br />

basculamento de blocos e falhamentos<br />

transversais, coincidindo com os<br />

dobramentos originais e/ou falhamentos<br />

mais recentes, que, por sua vez, atuaram<br />

sobre antigas falhas (faixas de<br />

remobilização de paleoestruturas). O outro<br />

conjunto também reflete o controle<br />

estrutural em modelados e<br />

compartimentos topográficos, resultantes<br />

da exumação de estruturas dobradas e<br />

coberturas metassedimentares<br />

associadas, com exposição eventual do<br />

embasamento.<br />

Tabuleiros dos Rios<br />

Real/Vaza-Barris (25)<br />

Apresentam-se em áreas descontínuas<br />

posicionadas a oeste e leste das<br />

Chapadas e Tabuleiros do Recôncavo<br />

Tucano/Jatobá.<br />

O setor dos Tabuleiros do Rio Real é<br />

aplanado com altitudes médias em torno<br />

de 300 m e elevações referentes à serra<br />

das Aguilhadas. Predominam as superfícies<br />

pediplanadas com poucas declividades,<br />

apresentando cobertura detrítica arenosa<br />

e pouco espessa. Nas elevações residuais<br />

ocorrem modelados resultantes do<br />

truncamento de rocha, sem cobertura de<br />

alteração, ocasionando a exposição das<br />

lineações.<br />

O setor de Tabuleiros do Rio Vaza-Barris<br />

apresenta modelados de dissecação, com<br />

áreas restritas compondo um pediplano<br />

parcialmente dissecado e inumado. A<br />

erosão se manifesta sob a forma de<br />

terracetes e localmente através de<br />

ravinamentos.<br />

Afloramentos de calcário constituem<br />

cristas residuais simétricas ou assimétricas.<br />

Nas áreas pediplanadas inumadas<br />

distinguem-se dois níveis aplanados: um,<br />

posicionado no sopé dos blocos residuais,<br />

recoberto de material arenoso; o outro,<br />

mais baixo, formado por pedimentos com<br />

cobertura detrítica pouco espessa,<br />

arenosa e areno-argilosa, localmente<br />

pedregosa.<br />

Depressão do<br />

Tocantins/Araguaia (26)<br />

Este compartimento se insere em<br />

extenso corredor topográfico em direção<br />

norte-sul. Englobando as Depressões do<br />

Alto Tocantins/Araguaia e<br />

Goiano-Paraense, coalesce com a<br />

Depressão da Amazônia Meridional. Os<br />

processos de erosão modelaram rochas<br />

pré-cambrianas do Complexo Xingu,<br />

rochas devonianas da Formação<br />

Pimenteiras e permianas da Formação<br />

Pedra de Fogo.<br />

O aprofundamento do rio Tocantins se<br />

deu no limite do Plioceno-Pleistoceno,<br />

superimpondo-se a estruturas précambrianas<br />

do Grupo Santo Antônio,<br />

Intrusivas Ipueiras e camadas da Bacia<br />

Sedimentar do Parnaíba, adaptando-se<br />

ao lineamento Tocantins-Araguaia e<br />

dissecando o Pediplano Pleistocênico do<br />

Tocantins, que chega às bordas de<br />

patamares do Planalto Central e das<br />

Depressões Intermontanas<br />

Neopleistocênicas.<br />

Depressões do Alto-Médio São<br />

Francisco (27)<br />

Estes compartimentos geomorfológicos<br />

se desenvolvem ao longo do vale do rio<br />

São Francisco, cujos afluentes contribuem<br />

na dissecação geral da área sob padrão<br />

de drenagem subparalelo a subdendrítico.<br />

As litologias principais incluem argilitos,<br />

siltitos, conglomerados e calcários.<br />

O arranjo espacial das feições<br />

características da área é resultante da<br />

dissecação, aplanamento, dissolução e<br />

acumulação fluvial desenvolvidos sob<br />

climas pretéritos e atuais.<br />

Ao longo do curso do rio São Francisco<br />

sobressaem aplanamentos pleistocênicos<br />

que sofreram sucessivas fases de<br />

erosão/sedimentação e que se<br />

apresentam atualmente com uma fraca<br />

incisão de drenagem, resultando na<br />

formação de lombas com topos planos e<br />

vertentes alongadas. As Depressões do São<br />

Francisco são resultantes de atuação de<br />

uma morfogênese recente que apresenta<br />

como fator principal a instalação da rede<br />

de drenagem do rio São Francisco.

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