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RELEVO ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

Mato-Grossenses (Kux, Brasil e Franco, 1979).<br />

Características de dimensões e forma<br />

geométrica dos dois pantanais, aliadas à<br />

complexidade de dinâmica fluvial,<br />

oferecem algumas peculiaridades a cada<br />

um destes ambientes.<br />

A área pantaneira do Guaporé se<br />

distribui ao longo do rio homônimo, onde<br />

são freqüentes lagoas sem articulação<br />

superficial com a drenagem principal, nos<br />

regimes de estiagem, em sedimentos<br />

pleistocênicos, com coberturas detríticas e<br />

lateríticas.<br />

• A Região do Pantanal Mato-Grossense<br />

abrange cerca de 140 000 km 2 , inserida na<br />

Depressão Paraguaia. Constitui uma<br />

ampla superfície de acumulação de<br />

topografia plana e rebaixada, sujeita a<br />

inundações periódicas. O regime<br />

hidrológico com inundações é o fator<br />

ecológico fundamental, que determina a<br />

diversidade dos principais processos<br />

abióticos e bióticos desta região.<br />

Planícies e terraços fluviais, planícies<br />

fluviolacustres, lagos e lagoas de várzea e<br />

áreas interfluviais com diferentes padrões<br />

sazonais de alagamento caracterizam<br />

algumas das feições pantaneiras matogrossenses:<br />

Depressões de Boa Vista (4), dos<br />

Rios Branco/Negro(5), do Xingu (6) e do<br />

Araguaia (7).<br />

A Depressão de Boa Vista (4)<br />

Localiza-se na porção nordeste do<br />

Estado de Roraima, e faz limites com a<br />

Depressão da Amazônia Setentrional e<br />

com o Planalto de Roraima. Constitui<br />

extensa superfície de aplainamento com<br />

áreas conservadas e dissecadas em<br />

sedimentos inconsolidados da cobertura<br />

sedimentar terciária a pleistocênica<br />

(cascalhos, areias, silte, argilas, lateritos,<br />

arenitos e lentes de turfa) e sedimentos<br />

conglomeráticos arenosos e argilosos<br />

pouco consolidados. Abrange a bacia dos<br />

rios Branco, Tacutu, Surumu, partes do<br />

médio e baixo Uraricoera e Mucajá e os<br />

rios que drenam para a margem esquerda<br />

do rio Negro. Igarapés geralmente<br />

intermitentes constituem a drenagem,<br />

marcados por alinhamentos de palmeiras<br />

(buritis), do tipo vereda, além de lagoas de<br />

forma circular. Destacam-se elevações<br />

residuais do tipo inselberg, constituídas na<br />

maioria por granitos e/ou gnaisses précambrianos,<br />

com altitudes em torno de 400<br />

e 500 m, denominadas serras da Bolota,<br />

Lua da Prata e Grande.<br />

A Depressão dos Rios<br />

Branco/Negro (5)<br />

Estende-se entre os rios Padauari e<br />

Jauaperi, limitada ao sul pela unidade de<br />

Planícies Interioranas ao longo do rio Negro<br />

e a norte, leste e oeste pela Depressão da<br />

Amazônia Setentrional. Integra extensa<br />

superfície de aplanamento, anteriormente<br />

denominada Pediplano Rio Branco-Rio<br />

Negro, que apresenta áreas conservadas<br />

e dissecadas em sedimentos inconsolidados<br />

da cobertura sedimentar terciária e<br />

quaternária (cascalhos, areias, silte-argilas,<br />

lateritos, arenitos, siltitos, argilitos e lentes de<br />

turfa), com eventuais exposições de<br />

migmatitos, gnaisses e granitos<br />

pré-cambrianos.<br />

A drenagem na Depressão é incipiente,<br />

utilizando-se de canais indefinidos. A<br />

transição entre as áreas aplanadas e o<br />

relevo dissecado é feita através de formas<br />

colinosas, cristas erodidas e pontões<br />

residuais.<br />

Depressão do Xingu (6)<br />

Apresenta-se como um amplo anfiteatro<br />

limitado pelas serras do Roncador a leste,<br />

Formoso a oeste, e ao sul pelos planaltos e<br />

cuestas divisoras da drenagem dos rios<br />

Araguaia (rio das Mortes) e Xingu (rios<br />

Culuene-Teles Pires), e ao norte pelas<br />

cachoeiras Von Martins e das Pedras. Com<br />

altitudes que variam entre 200 e 500 m,<br />

esta área apresenta um relevo dissecado<br />

em interflúvios tabulares conservados por<br />

crostas lateríticas, além de amplas planícies<br />

aluviais formadas pela sedimentação<br />

holocênica dos rios Xingu e Suiá-Missu.<br />

Depressão do Araguaia (7)<br />

Compreende uma vasta superfície<br />

rebaixada em altimetrias que variam de<br />

200 a 300 m, com relevo dissecado em<br />

formas convexas e tabulares,<br />

destacando-se cristas, pontões e mesas.<br />

Esta superfície foi elaborada em litologias<br />

detrítico-lateríticas sedimentares terciárias<br />

e depósitos alúvio-coluvionares<br />

pleistocênicos, recobrindo rochas do<br />

embasamento pré-cambriano (sobretudo<br />

dos Complexos Goiano e Xingu). A rede de<br />

drenagem pertence às bacias dos rios<br />

Araguaia, das Mortes e Formoso, e deu<br />

origem a planícies e terraços, bem como<br />

aos extensos depósitos da Ilha do Bananal.<br />

Bacias e Coberturas<br />

Sedimentares Associadas<br />

Correspondem ao arcabouço geológico<br />

constituído do preenchimento de bacias<br />

cratônicas e intracratônicas, compostas de<br />

litologias mesozóicas e/ou paleozóicas, na<br />

maioria concordantes, com ou sem<br />

capeamento sedimentar terciário<br />

relacionado ao Cretáceo, total ou<br />

parcialmente removidas ou<br />

desmanteladas, em função da<br />

combinação de fatores<br />

geotectônicos/litoestruturais e fases de<br />

pediplanação (pleistocênica e<br />

pliopleistocênica). Configuram as Bacias

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