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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

CLIMA<br />

Clima<br />

Oespaço brasileiro com sua ampla<br />

extensão territorial, tanto em<br />

latitude como em longitude, o<br />

posicionamento na borda ocidental do<br />

Oceano Atlântico e a diversidade<br />

topográfica de seu relevo, condicionam<br />

diferentes características aos<br />

macrossistemas atmosféricos, continental<br />

e oceânico. As interações entre eles<br />

imprimem uma diversidade climática que<br />

abrange vários domínios, do equatorial ao<br />

subtropical, com vasta gama de tipos e<br />

subtipos de climas impostos pelas<br />

implicações geoecológicas.<br />

Esses espaços climáticos são<br />

caracterizados por conjuntos de tipos de<br />

tempo atmosférico, os quais, algumas<br />

vezes, sofrem alterações extremas<br />

impostas por razões diversas, e uma dessas<br />

forças impulsionadoras é o fenômeno de<br />

escala zonal denominado El Niño.<br />

O El Niño é caracterizado pelo<br />

aquecimento anômalo das águas<br />

superficiais do Oceano Pacífico Equatorial<br />

central e oriental, em uma faixa que se<br />

estende da costa ocidental da América<br />

do Sul, altura do litoral do Peru, até as<br />

proximidades do litoral da Austrália. A<br />

amplitude espacial de seus efeitos, em<br />

escala planetária, é devida às interações<br />

complexas do sistema oceano-atmosfera,<br />

as quais provocam variações na<br />

circulação geral da atmosfera. Tais<br />

variações induzem a ocorrência das<br />

teleconexões que são conexões entre<br />

fenômenos atmosféricos distantes.<br />

Inúmeros estudos e pesquisas indicam<br />

que em condições normais as águas do<br />

Pacífico Equatorial são mais aquecidas no<br />

setor ocidental, região da Indonésia e<br />

norte/nordeste da Austrália, onde atua<br />

um sistema de baixa pressão atmosférica<br />

em superfície, ao passo que no setor<br />

centro-oriental as águas são mais frias,<br />

especialmente nas proximidades da costa<br />

da América do Sul, região da corrente fria<br />

de Humboldt e área de influência da alta<br />

subtropical do Pacífico sudeste.<br />

Em tais condições os ventos de superfície<br />

que convergem para o Equador, no<br />

sentido leste/oeste, alísios, transportam<br />

águas superficiais quentes para a costa<br />

ocidental. O acréscimo das águas e as<br />

temperaturas mais elevadas na região da<br />

Indonésia favorecem a atividade convectiva<br />

e, conseqüentemente, as chuvas no setor<br />

ocidental. Por outro lado, no setor oriental<br />

o transporte das águas varridas pelos<br />

alísios para oeste propiciam a ressurgência,<br />

afloramento de águas frias, que associada<br />

à subsidência, descida de ar seco e frio,<br />

das correntes de ar superior que sopram<br />

de oeste para leste imprimem condições<br />

atmosféricas mais secas para aquela<br />

porção do Pacífico. No entanto, quando<br />

surgem anomalias da temperatura da<br />

superfície do mar associadas às<br />

diferenças de pressão ao nível do mar<br />

todo o sistema entra em desequilíbrio<br />

provocando mudanças nas condições<br />

climáticas em escala global.<br />

Assim, quando ocorre o enfraquecimento<br />

do sistema de alta pressão do Pacífico<br />

oriental em relação ao sistema de baixa<br />

pressão do Pacífico ocidental, os ventos<br />

alísios diminuem drasticamente sua<br />

intensidade podendo ocorrer, em algumas<br />

áreas, a inversão na direção de tais ventos,<br />

que passam a soprar de oeste para leste.

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