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FAUNA ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1998</strong><br />

adverte que “não devemos esquecer que<br />

espécies ameaçadas de extinção<br />

constituem, na verdade, indicadores da<br />

desorganização de ecossistemas e são as<br />

unidades mínimas de conservação”.<br />

As causas do processo de<br />

desaparecimento (extinção acelerada)<br />

são várias:<br />

• Destruição do hábitat - o processo<br />

de extermínio de uma espécie animal é<br />

acelerado principalmente pela destruição<br />

do hábitat e, na maioria das vezes, é<br />

promovido por ações antrópicas. No Brasil<br />

esta situação é preocupante porque os<br />

diferentes ambientes vêm sendo<br />

modificados e destruídos de forma<br />

acelerada e em curtos espaços de tempo;<br />

• Caça predatória clandestina -<br />

apesar de ser proibido no Brasil o exercício<br />

da caça profissional e do comércio de<br />

espécimes da fauna silvestre, seus<br />

produtos e subprodutos, pela “Lei de<br />

Proteção à Fauna Silvestre” (Lei n o 5.197,<br />

de 03 de janeiro de 1967), continua-se a<br />

praticá-la clandestinamente. O processo<br />

de extermínio é hoje mais intenso em<br />

áreas onde ainda subsistem faunas de<br />

excepcional riqueza de formas, como o<br />

Pantanal, no Estado do Mato Grosso do<br />

Sul, e a Amazônia brasileira. São áreas<br />

fronteiriças, facilitando as saídas<br />

clandestinas de peles e animais vivos para<br />

os países vizinhos. Tais fatos estão<br />

provocando reações e clamores;<br />

• Caça e pesca esportiva e de<br />

subsistência - com o aperfeiçoamento<br />

dos métodos, armas e armadilhas da era<br />

tecnológica, a caça esportiva por vezes<br />

ultrapassa os padrões racionais. Praticada<br />

sem critério, tem contribuído para que<br />

certas espécies desapareçam de regiões<br />

onde eram abundantes. Perdura até hoje o<br />

hábito de consumo de carne de caça<br />

silvestre. A pesca intensiva e desordenada<br />

também tem causado grande efeito<br />

negativo sobre algumas espécies, tanto de<br />

água doce quanto marinhas, cujas<br />

populações se tornaram rarefeitas; e<br />

• Poluição - o uso inadequado dos<br />

defensivos agrícolas e o envenenamento<br />

dos rios pelas indústrias continuam causando<br />

grandes desastres, principalmente com<br />

relação às aves, insetos, microfauna do<br />

solo e peixes, causando, inclusive,<br />

prejuízos para a saúde humana.<br />

Os Estudos no IBGE<br />

Com base nas recomendações da<br />

Conferência de 1972, em Estocolmo, e<br />

atenta para a situação em que já se<br />

encontravam os recursos faunísticos do<br />

País, e considerando, ainda, a necessidade<br />

de reunir informações sobre o tema, uma<br />

equipe de técnicos lotada no<br />

Departamento de Recursos Naturais e<br />

Estudos Ambientais - DERNA -, da<br />

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia<br />

e Estatística - IBGE -, vem desenvolvendo<br />

estudos sobre a fauna brasileira, desde<br />

1973, na extinta Superintendência de<br />

Recursos Naturais e Meio Ambiente -SUPREN.<br />

A partir de então concentraram-se as<br />

reflexões sobre o assunto e em 1981 foi<br />

concebido um Sistema de Informação<br />

para onde convergiriam, entre outros,<br />

dados sobre Fauna.<br />

Apoiado na Portaria n o 3.481, de<br />

31-05-1973, do antigo Instituto Brasileiro de<br />

Desenvolvimento Florestal - IBDF -, além<br />

de bibliografia específica, foi desenvolvido<br />

no IBGE um estudo sobre a questão do<br />

extermínio das espécies animais.<br />

Elaborou-se, então, um mapa que<br />

compõe, com outros temas, o Atlas<br />

Nacional do Brasil - obra tradicional<br />

publicada pelo IBGE. Por ocasião da<br />

realização desse estudo, concluiu-se que<br />

seriam consideradas como ameaçadas<br />

de extermínio um total de 205<br />

espécies/subespécies animais.<br />

Posteriormente, o Instituto Brasileiro do<br />

Meio Ambiente e de Recursos Naturais<br />

Renováveis - IBAMA - divulgou uma lista de<br />

207 animais em extinção, publicada<br />

através da Portaria n o 1.522 (Diário Oficial<br />

da União de 22-12-1989). Em 1997 esta<br />

lista já constava com mais 11 inclusões<br />

registrando 218 espécies.<br />

Foi realizado no IBGE um estudo sobre o<br />

tema em questão, que resultou na<br />

confecção do mapa-mural “Fauna<br />

Ameaçada de Extermínio”, na escala<br />

1:5 000 000. O referido mapa, elaborado<br />

a partir da relação oficial do IBAMA,<br />

bibliografia e informações obtidas junto a<br />

pesquisadores de outras instituições<br />

brasileiras, encerra 303 espécies/<br />

subespécies da fauna brasileira em perigo<br />

de extermínio. Destas 303 espécies/<br />

subespécies foram selecionadas 24, que<br />

vêm sendo apontadas como animais em<br />

estado avançado de desaparecimento ou<br />

praticamente extintos. Especialistas e<br />

estudiosos do assunto referem-se a elas<br />

como animais “cujas populações estão<br />

diminuindo consideravelmente”, “que<br />

nunca mais foram vistos” ou “que só<br />

ocorrem atualmente em determinado<br />

local”. No Mapa 1.20, as 24 referidas<br />

espécies/subespécies estão localizadas<br />

aleatoriamente em um ponto de sua área<br />

de ocorrência; na legenda, os animais<br />

configuram-se por um símbolo<br />

representativo da família em que estão<br />

inseridos e são identificados por um dos<br />

seus nomes vulgares. São elas:<br />

Insetos<br />

Família Papilionidae<br />

1 - Eurytides iphitas (Hübner, 1821) -<br />

borboleta

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